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Coletivo de pedal LGBTQIAP+ tem roteiro personalizado com destino final o SP Transvisão, na SP Escola de Teatro, no dia 29 de janeiro

Publicado em: 16/01/2023 |

Foto: Divulgação

Neste ano de 2023, a 11ª edição da Semana da Visibilidade Trans acontecerá entre os dias 23 e 29 de janeiro, na SP Escola de Teatro. Para integrar a programação, o coletivo de pedal LGBTQIAP+, Monta Mona, fará um roteiro personalizado com destino final o encerramento do evento, no domingo, 29, na sede da Praça Roosevelt. Um dos participantes do grupo é Marcos Almeida, estudante do curso de Atuação da instituição.

O SP Transvisão é um movimento sociocultural de legitimação e representatividade dos corpos trans, em meio a uma realidade de frequente preconceito e violência avassaladora.

Sede Roosevelt da SP Escola de Teatro recebe solo de Cynthia Margareth no mês de janeiro

Todos os anos o evento, idealizado pela Adaap (Associaçao dos Artistas Amigos da Praça), gestora da SP Escola de Teatro, realiza uma série de ações voltadas para o debate sobre a tolerância e a diversidade, além de valorizar a cultura e o universo LGBTQIAP+. São atividades desenvolvidas com profissionais especializados em cada área; debates acerca de temas relevantes à comunidade trans, como saúde, empregabilidade, etarismo; bate-papo/live com celebridades trans; shows de variedades e performance artística.

Os administradores do Monta Mona concederam uma entrevista exclusiva à comunicação da SP Escola de Teatro para especificar o roteiro para o dia da celebração e ressaltar a importância do grupo na cidade de São Paulo.

Confira na íntegra:

1. Vocês poderiam nos contar um pouco mais sobre o coletivo Monta Mona?

A Monta Mona vem com o objetivo de compartilhar informações e criar conexões. Sendo uma comunidade de ciclistas LGBTQIAPN+ em São Paulo que busca fomentar um ambiente inclusivo para que possamos desfrutar da cidade através de um pedal com mais segurança e tranquilidade. Já realizamos diversas oficinas, bate-papos e passeios culturais, pois entendemos que os nossos encontros devem ter objetivos prazerosos e saudáveis. Temos como proposta incluir pessoas que não possuem bicicleta própria, que fazem o uso de bicicletas alugadas. Andar de bike não é apenas uma brincadeira ou lazer. Muitas pessoas usam como transporte e veem a oportunidade de ter acesso a cidade e a cultura. Além de achar diversos ciclos de acolhimento, de saúde e de política, é uma ferramenta de engajamento social e prática de coletividade. Normalmente nos encontramos aos domingos na zona oeste, no Largo da Batata. Construindo no grupo um espaço inclusivo para corpos LGBTQIAPN+, levando para todos os cantos da cidade as pautas da nossa comunidade.

2. O que vocês estão organizando para participar do encerramento da SP Transvisão? Qual será o roteiro?

Achamos importante fortalecer um evento promovido por uma instituição de ensino de artes e protagonizado por muitas pessoas trans. Dar a devida relevância para esse debate é algo que devemos multiplicar para muitos outros espaços. Dentro do ciclismo existem pessoas de várias profissões, jeitos e vivências que poderiam se aprofundar nas discussões sobre visibilidade trans. Por isso, vamos fazer um pedal que passe por espaços de resistência da população LGBTQIAPN+ e utilizam a arte como linguagem. A rota do pedal tem a intenção de visitar o Centro Cultural de Diversidade, a Casa 1 e terminar na SP Escola de Teatro da unidade Roosevelt. Qualquer pessoa pode participar com a sua bike ou usando as bicicletas compartilhadas.

3. Para vocês, qual a importância de se ter um coletivo de pedal LGBTQIAP+ na cidade de São Paulo? Como vocês poderiam influenciar outras cidades a fazerem o mesmo?

Poucos grupos e poucos espaços exclusivos LGBTQIAPN+ existem em São Paulo, por isso, é importante se organizar e fortalecer um movimento que discuta sobre corpos políticos e vulnerabilidade, levantando as bandeiras da falta de acesso à cidade, educação, saúde, espaço e poder. É importante que existam esses espaços de acolhimento, de troca e de carinho. Um lugar para discutir sobre a ocupação do espaço público através da bikes e se sentir à vontade para estar presente com todas as nossas vulnerabilidades e potenciais. A cidade de São Paulo é caracterizada por um trânsito completamente violento para qualquer veículo, mas, em especial, para as bicicletas. Por isso, precisamos cuidar dos nossos! Pedalar em grupo traz mais confiança, nos faz conhecer novas rotas e dicas para enfrentar essa cidade!

INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Monas pela Visibilidade Trans
Data: 29/01
Horário: 10h (saída: 10h30)
Local de Encontro: Largo da Batata
Destino: SP Escola de Teatro (unid. Roosevelt)
Levem água, câmera reserva e animação. Não esqueçam o protetor solar!
Para qualquer bike e todas as pessoas podem somar nessa bicicletada!
Para acessar o grupo de WhatsApp e mais informações, acesse o Instagram do grupo.




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