Sofrendo com especulação imobiliária que assola a área conhecida como “baixa Augusta”, a Cia. Club Noir corre o risco de perder seu espaço na Rua Augusta, tradicional ponto de efervescência cultural da cidade de São Paulo. Na tentativa de manter as portas abertas, o grupo apelou para o financiamento colaborativo e visa bater renda necessária até o meio do ano por meio da plataforma Catarse.
Criada em 2006 pelo diretor e dramaturgo Roberto Alvim e pela atriz e diretora Juliana Galdino, a Cia. Club Noir completa 10 anos e – junto com mais 21 companhias teatrais – foi nomeada como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade de São Paulo, mas isso não garante a sua sustentabilidade. A trupe ainda tenta manter o espaço através de editais de incentivo a cultura, mas não tem sido contemplada.
Dividindo sua chamada “resistência” em quatro etapas, o Club Noir tem quatro metas a serem alcançadas: com os primeiros R$ 30 mil que arrecadarem, colocarão três espetáculos em cartaz: “Viva La Revolución!”, “Genesis” e “Haikai”. Com mais R$ 25 mil, “H.A.M.L.E.T.” entra em temporada comemorativo dos 10 anos do Club Noir. A terceira etapa espera a arrecadação de mais R$ 15 mil para a realização de um ciclo de palestras gratuitas com Roberto Alvim e Juliana Galdino. Por fim, a última etapa pede por mais R$ 25 mil para a realização da Maratona Noir: Temporada concomitante dos quatro espetáculos + festa de comemoração de 10 anos do Club Noir. No total, para concluir as quatro metas, o grupo precisa de R$ 100 mil.
Como manda o estilo de arrecadação, a cada colaboração feita, o apoiador recebe uma contrapartida da parte solicitante. Quem doa R$ 50 ou mais, por exemplo, além de ter o nome em uma placa de agradecimento a ser fixada no espaço, ganha um par de ingressos para qualquer espetáculo da Companhia Club Noir no teatro-sede, para ser usado durante o ano de 2015.
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