(Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)
Imagine uma lousa contendo gráficos sobre a propagação de uma onda sonora. Linhas e mais linhas subindo e descendo pelo plano cartesiano, indicações de frequência e vibração, intensidade, volume e hertz. E, ao redor, na sala, alguns alunos, em aula, com um professor.
Essa cena seria muito comum numa turma de Física ou outra área relacionada. Mas ela aconteceu aqui mesmo, na Sede Roosevelt da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, durante o curso “Sonoplastia da Cena”, promovido pelo departamento de Extensão Cultural e cuja última aula aconteceu na quarta-feira (12). Orientados pela sonoplasta e pesquisadora Aline Meyer, os alunos exercitaram a musicalidade e percepção sonora a partir de um texto para uma cena teatral.
Um dos alunos e aprendiz de Sonoplastia, Douglas Avelino, conta que apreciou o ritmo e o conteúdo. “O curso foi muito proveitoso e direto. Eu tinha noção de algumas coisas e as aulas me abriram o caminho. Isso aumentou meu repertório técnico e musical para pensar em trilha. É uma pena que foi pouco tempo. Queria mais…”, diz.
Além de estudantes da área, o curso atraiu artistas que queriam conhecer o processo de criação da trilha sonora e seus fundamentos. “Sou ator, e busquei entender como funciona essa área técnica. Atendeu muito às minhas expectativas e espero poder aplicar o que aprendi”, resume Afonso Braga.
Assim, a seção Click! desta semana mostra um momento desse período de aprendizado. Na fotografia, feita por Hélio Dusk, Aline aparece sorrindo durante a aula.
A orientadora avaliou a turma e afirmou que atingiu o objetivo. “Acredito que foi muito positivo. As aulas alcançaram o que eles esperavam. Eles tinham diversas formações e se ajudavam, o que dinamizou a rotina e complementou o aprendizado. Foi uma boa semente, a ser regada”, conclui.
Texto: Felipe Del
