
Cena de “O Rinoceronte”. Foto: Sol | divulgação.
O núcleo Fabryca da companhia Os Hypócritas adapta “O Rinoceronte”, do romeno Eugène Ionesco (1909-1994), ao turbulento momento sócio-político em que o Brasil se encontra em uma montagem homônima. Com direção de Luigi Paolo, a peça retrata uma cidade em que quase todos os seus habitantes são afetados por uma doença rara que os transforma em rinocerontes.
Somente o simplório Bérenger não sofre com esse mal, no entanto, paga caro por criticar o comportamento de seus vizinhos. Esse homem de poucas qualidades passa a questionar o motivo dessas metamorfoses.
O texto de Teatro do Absurdo é interpretado como uma metáfora para a hegemonia dos regimes totalitários durante a Segunda Guerra Mundial. Ele discute temas como a iminente extinção do ser humano, a brutalização do homem e a falta de sonhos.
O elenco conta com a participação de Levi Corrêa, Giovanna Bertoluzzi, Flavio Guedes, Igor Kadore, Rodriggo Silva, José Paulo Rocha, Derek Carão, Danniela Martins, Eduarda Júlio, Nando Rocha e Luciana Silversong.
O Fabryca – Núcleo de Pesquisa Teatral desenvolve uma metodologia original, o “Método Prático do Ator”, sem deixar de ser fiel ao consagrado texto de Ionesco.
Serviço
“O Rinoceronte”, de Eugène Ionesco
Teatro do Ator
Praça Roosevelt, 173, República. (11)3257-3207.
Sex., 21h. Até 12/8
R$40. 90 min. 12 anos.