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Christiane Riera por Célia Forte

Publicado em: 14/05/2012 |

Christiane Riera e João, seu filho (Foto: Acervo pessoal)

 

Uma Ode a Chris Riera

Nunca havia entrado no Facebook antes… Nunca até agora, para falar sobre uma pessoa que ria muito, mesmo em sua dor, ria… Nos últimos meses nos falávamos mais, escrevíamos intermináveis e-mails e ríamos, principalmente, das nossas próprias desgraças. Ela, das dela; eu, das minhas. Mas sempre achávamos um bom motivo para rir, talvez rir para não chorar. E é exatamente o que faço agora. Conheci a Chris Riera quando produzimos juntas, quer dizer, quando ela e a Maria Luisa Mendonça – irmã de fé – produziram “Essa Nossa Juventude” – Pergunto agora: Que juventude? – Mas, voltando, Selma Morente e eu fizemos a direção de produção.

Durante alguns meses ficamos muito próximas. As quatro conduzindo um dos trabalhos mais brilhantes de direção de Laís Bodanzky, com Gustavo Machado, Paulo Vilhena e Silvia Lourenço no elenco e uma adaptação impecável da Chris para o texto de Kenneth Lonergan. Já naquela época, ríamos muito. Chris, grávida de João, e nós todas grávidas até o pescoço com “Aquela Nossa Juventude”. Depois, muita água rolou debaixo da ponte. Muitas histórias, inclusive umas usei, disfarçadamente – ela sabia – em meus textos. Ríamos disso também.

Quando ela me ligou falando que seria crítica da Ilustrada, eu disse: “Ihh, isso não vai prestar. Não combina com você julgar!”. “Batata”, que nem diria Nelson Rodrigues, o mesmo Nelson que trabalharíamos juntas agora, de novo, as quatro! De lá pra cá, desde 2004, quando nos vimos e já rimos pela primeira vez, nem tantos encontros como eu gostaria para sorvê-la mais, porém muitos, inúmeros, e-mails: como estávamos, o que fazíamos, para onde íamos. Para onde íamos… Vejam só: ela, agora, é uma estrela. Uma estrela… E eu, eu olharei para o céu todos os dias, dia após dia, e falarei com ela, estarei com ela, assim como estive durante esses anos virtuais e reais. E vamos rir, porque não dá pra viver direito sem o som daquela risada. Rir, assim como ela gostava… Assim como ela sempre gostará!

Sempre, pra sempre.

Célia Forte

PS: Não ousei falar de sua inteligência, magnitude, sabedoria e cultura, porque nada supera o ser humano necessário que é essa mulher!

 

 

Acesse os verbetes de Christiane Riera e Célia Forte na Teatropédia.

 

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