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Cantora Renata Peron concorre ao Prêmio Dynamite

Publicado em: 29/08/2014 |

A cantora Renata Peron, que trabalha como recepcionista na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, está concorrendo ao Prêmio Dynamite na categoria Melhor Álbum de MPB, com seu mais recente trabalho, “Eu sou guerreira”, lançado no ano passado em comemoração aos seus 10 anos de carreira.

 

 

A votação, online, vai até o dia 15 de setembro. Para votar é preciso cadastrar seu e-mail no site. Só é válido um voto para cada categoria pelo mesmo e-mail. 

 

Transexual nascida na Paraíba e criada na Bahia, Renata Peron fez da música sua forma de expressão. Seu repertório carrega um misto de MPB e batida eletrônica e resgata grandes músicas do brasileiras, como “Carcará”, “Garota solitária”, Erva venenosa”, entre outras. 

 

O nome do CD ilustra sua trajetória de batalhas e suor: “‘Eu sou guerreira’ foi um sonho guardado por dois anos. Por ser transexual, não conseguia dinheiro e patrocínio para colocar na prática. Precisei fazer shows na Praça da República para arrecadar o dinheiro e felizmente também contei com o apoio da Escola”, revela.

 

Renata quer muito se sagrar vencedora no Prêmio, mas conta que a indicação já deixou seu coração extremamente feliz. “Num país como o nosso, onde julgam tanto pela sexualidade, uma transexual concorrendo ao lado de outros grandes nomes é uma vitória”, afirma. 

 

Ainda antes de entrar na Escola, Renata Peron já se apresentou várias vezes na televisão, em programas da Record e SBT, onde chegou a ser uma das finalistas do programa “Qual é o seu talento?”.

 

Acessibilidade

Numa atitude pioneira, desde sua fundação, a SP Escola de Teatro reserva, por meio de seu Programa Kairós, seus cargos de recepcionistas a travestis e transexuais. 

 

Por ações como essa, a Escola foi contemplada em 2013 com o 13º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, outorgado pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), pelo “exemplar protagonismo para a promoção dos direitos humanos da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”.

 

“O projeto de reservar nossas vagas de recepcionistas a travestis e transexuais é um dos que mais me enchem de orgulho. Acessibilidade, para a gente, é coisa séria e necessária. Ver a Renata prosseguindo no caminho da arte e sendo reconhecida é uma alegria imensa”, afirma Ivam Cabral, diretor executivo da Instituição.

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