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Brecht É Alemão e Brecht É Brasileiro

Publicado em: 02/08/2012 |

Por volta das 14 horas, um professor da Universidade de Trier, na Alemanha, aguardava os seus alunos para a primeira aula. Assim, teve início, hoje (2), o curso de Extensão Cultural “O Que É Ser um Dramaturg e Seu Papel na Encenação do Texto”, na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.

 

Nascido em Berlim, Henry Thorau será o orientador do curso, que até o dia 23 de agosto, vai explorar o teatro alemão e a função do dramaturgista. Sereno e paciente, o professor já explicou os conteúdos para as próximas aulas. “Vamos, primeiro, organizar o teatro alemão e sua história. Depois, percorrer a revolução dos jovens diretores e o teatro das duas Alemanhas na época do Muro.”

 

“A diversidade artística no Brasil é imensa. Isso é visto em cada autor, diretor e nos grupos teatrais” (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

 

A turma é composta por muitos artistas e estudiosos. “A minha expectativa é grande”, disse Humberto Vieira, o primeiro deles a chegar na sala. Mestre em Artes Cênicas, Vieira foi orientador do curso de Extensão Cultural “A Dramaturgia Brechtiana e o Ator”, ministrado entre junho e julho. Quando soube do curso de Thorau, não pensou duas vezes e se inscreveu. “Henry é um dos grandes teóricos da atualidade e profundo conhecedor de Brecht, o que muito me interessa. É bom estar aqui. Aliás. como ele me disse hoje, ‘sempre tenha um colega brechtiano por perto’”, brincou.

 

Sobre o teatro brasileiro, Thorau destacou: “Essa arte é muito rica. Vocês têm coletivos incríveis, como o Teatro da Vertigem e o Grupo Galpão. Esse último me surpreendeu com a montagem de Romeu e Julieta, em 1992”.

 

O alemão ainda reconheceu a importância de discutir o tema, além de definir a dinâmica com a turma. “Assim como na Alemanha, esses cursos de curta duração têm o objetivo de abrir os olhos para novas perspectivas. Espero que os alunos estejam dispostos a aprender. Os professores são como bengalas: apoiam por um tempo e depois permitem que os alunos caminhem com as próprias pernas”, finalizou.

 

Texto: Leandro Nunes

 

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