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Banheiro livre de gêneros

Publicado em: 21/05/2015 |

 

Divisão de gênero é algo anacrônico? Uma sistematização ultrapassada e categorizante que serve apenas para manter vivos preconceitos e reducionismos historicamente preservados para resguardar o status quo? Ao menos em termos de utilização de sanitários, é o que pensam os aprendizes da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.
 
 
 
 
A partir de agora, atendendo a uma reivindicação estudantil, os banheiros das três sedes da Escola serão unissex. Reconhecemos de imediato a legitimação do pedido dos aprendizes e colocamos em prática essa ação simples, porém poderosa. A circunscrição do espaço privado em nosso espaço público não terá vez dentro de nosso conceito de território livre indiscriminatório.
           
Nesta ação, a SP Escola de Teatro, indiretamente, também se posiciona política e filosoficamente em relação a um outro tipo de constrangimento que a divisão de gênero proporciona. Em janeiro de 2012, por exemplo, a cartunista Laerte foi impedida de utilizar o banheiro feminino em uma lanchonete. O debate tomou conta da mídia na época. Segundo o artigo 2 da Lei n.º 10.948, de 5 de novembro de 2001, “consideram-se atos atentatórios e discriminatórios dos direitos individuais e coletivos dos cidadãos homossexuais, bissexuais ou transgêneros […] proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público”. Esse imbróglio jurídico-coercitivo nunca ocorrerá em nossa Escola. Senhor@s, sejam bem-vindos às nossas novas instalações sanitárias, abertas a homens, mulheres, transgêneros e qualquer outra forma de vida ontologicamente constituída.  
 
 
Texto: Marcio Aquiles 

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