Por acreditarem que as novas mentes criadoras presentes no curso de Dramaturgia, oferecido pela SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, devem obter um retorno imediato em relação aos seus textos, Marici Salomão e Alessandro Toller, coordenadora e formador, respectivamente, dão sequência a uma importante ação, iniciada no ano passado: o atendimento individual.
“É fundamental essa ‘parceria’ entre dramaturgos novos e profissionais gabaritados”, diz Marici. A coordenadora revela, ainda, que sempre teve esse respaldo de Luis Alberto de Abreu. “Participei de algumas oficinas de dramaturgia oferecidas pela Oficina Cultural Oswald de Andrade, onde estudei com este dramaturgo que muito contribuiu para a minha formação. Achei extremamente importante esse retorno que era dado aos autores e acabei trazendo isso para a Escola.”
Marici Salomão ministrando aula de Dramaturgia na SP Escola de Teatro (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)
Os projetos dos aprendizes são submetidos a análises focadas e direcionadas à necessidade do proponente. “Temos que ler, analisar e ampliar as possibilidades de escrita, em conjunto e de acordo com a proposta deles”, explica a dramaturga.
Segundo Marici, a medida proporciona autonomia aos aprendizes: “Eles são livres para eleger qual tema e/ou gênero querem trabalhar. A partir daí, nós, enquanto formadores, entendemos a proposição e damos a direção necessária para que eles consigam enxergar o leque de possibilidades existentes para cada projeto”.
Outros nomes como Cláudia Vasconcelos, Jucca Rodrigues e Matteo Bonfito também já passaram pela SP Escola de Teatro e “encarnaram” o papel de direcionadores, ajudando os aprendizes com seus escritos, a partir de leitura e análise textual.
A ideia da aula individual surgiu no Módulo Amarelo, segundo semestre de 2010. Entretanto, no semestre seguinte (Módulo Verde), ela foi suspensa. Agora, os encontros estão de volta para que todos possam desfrutar deste ensejo, que visa dar apoio àqueles que buscam desenvolver um bom trabalho dramatúrgico.
Texto: Jéssika Lopes