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As Impressões do Módulo Azul e do Teatro Performativo

Publicado em: 26/06/2012 |

Ao final de um longo dia de trabalho, no último sábado (23), os aprendizes do Módulo Azul da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco receberam a devolutiva dos Experimentos que foram mostrados ao público. Os convidados para assumir a missão de acompanhar cada um dos oito grupos e expor suas impressões nesta conversa foram o músico, ator e diretor Dagoberto Feliz e o ator e professor Vicente Concilio.

 

Dagoberto Feliz e Vicente Concilio durante a conversa (Foto: André Stefano)

 

Com a introdução feita por Joaquim Gama, coordenador pedagógico da Escola, os participantes da discussão entraram em cena. Em sua apresentação, Dagoberto se mostrou satisfeito com seu retorno à Instituição, citando uma frase do escritor colombiano Gabriel García Marquez: “A vida não é o que se viveu, mas sim o que se lembra, e como se lembra de contar isso”.

Sobre o convite, o artista disse: “Já fiz algumas coisas por aqui, ministrei aulas e participei de atividades. Quando apareceu esta oportunidade, já sabia mais ou menos o que se passava na Instituição. É muito bom reencontrar todos os coordenadores, formadores, e todos vocês. É um grande estímulo”.

Em sua vez, Concilio iniciou sua fala sintetizando a impressão que a experiência lhe deixou: “Percebi um grupo de pessoas procurando uma forma de compartilhar, de se comunicar com o outro”.

Um dos aspectos destacados por ele foi a forma como o público foi “convidado a mergulhar no Experimento” em vários núcleos, o que, segundo ele, é essencial para a performatividade. Isso porque, fora dos palcos, onde é estabelecida, por convenção, a distância entre a plateia e os artistas, os espectadores podem se sentir perdidos ao adentrar uma sala e não serem convidados a “participar” do que acontece ali.

A conversa continuou e, em meio a questões sobre a interação com o público e a diferença entre ser e representar, o aprendiz de Dramaturgia Afonso Junior perguntou qual a melhor maneira de trabalhar essas premissas no processo colaborativo, ao que Joaquim Gama respondeu que a Escola adota “ações com colaborações”, e não o trabalho colaborativo propriamente dito.

Depois disso, Francisco Medeiros, coordenador do curso de Atuação, foi chamado para encerrar o encontro. Entusiasmado, ele parabenizou a todos pelos trabalhos e deixou, ainda, uma provocação: “Qual é o sentido dessa relação que vem sendo criada aqui? E a relação com o coletivo?”.

Os núcleos do Módulo Azul fizeram a última abertura de sala, e, agora, ingressam na última etapa do semestre, na qual o corpo pedagógico da Escola dá suas devolutivas sobre cada área do Experimento.

 


Texto: Felipe Del

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