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22º Festival de Teatro de Curitiba

Publicado em: 31/01/2013 |



Leandro Knopfholz, criador e diretor geral do festival, entre Andréa Pinotti, diretora de marketing institucional do Itaú Unibanco, e Caíque Ferreira, diretor de comunicação da Renault do Brasil (Fotos: SP Escola de Teatro)

O mundo do teatro está em festa. Foram anunciadas, na manhã de ontem (30), as atrações da 22ª edição do Festival de Teatro de Curitiba, um dos mais tradicionais do País. O evento acontecerá na capital paranaense, de 26 de março a 7 de abril. “Até agora, somadas todas as suas edições, o Festival de Curitiba já foi visto por quase 2 milhões de pessoas. Para este ano, teremos 431 espetáculos e 3.200 artistas, que se apresentarão em 76 espaços diferentes”, diz Leandro Knopfholz, criador e diretor geral do festival, exemplificando, com números, a grandiosidade da empreitada teatral.

Na Mostra Oficial, da qual participam 32 espetáculos, um dos destaques deste ano é a montagem “Homem Vertente”, uma coprodução do Festival com a companhia argentina Ojalá, dirigida por Pichón Baldinu, cofundador do grupo De la Guarda. “É um espetáculo bastante caro, devido aos recursos técnicos dos quais ele necessita. Daí, fizemos a proposta para que a montagem brasileira fosse feita só com atores curitibanos, o que barateou muito o trabalho e o viabilizou”, observou Knopfholz.

Além de “Homem Vertente”, a Mostra Oficial terá outras sete estreias nacionais e duas montagens internacionais, a coreana “Pansori Brecht”, inspirada no texto “Mãe Coragem”, de Bertolt Brecht, e o belga “Kiss & Cry”. As premières brasileiras são: “A Música e a Cena”, “Nostalgia”, “O Diário de Genet”, “Horses Hotel”, “Maravilhoso”, “Haikai”, “Parlapatões Revistam Angeli” e “Cine Monstro – Versão 1.0”. Este último, um monólogo de Enrique Diaz.

Outro destaque do Festival é a mostra paralela Fringe, que contará com 370 espetáculos e 2.500 artistas, dividindo-se na ocupação de 64 espaços, durante os 13 dias o evento.  Inserida no Fringe, estará a Mostra Baiana, com curadoria do ator Wagner Moura.

Tanta atração assim, leva à pergunta: “Como é possível fazer a seleção de uma programação tão extensa?”. A resposta ficou a cargo de Celso Curi, que ao lado de Tania Brandão e Lucia Camargo, coordenadora do departamento de Extensão Cultural da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, responde pela curadoria da Mostra Oficial do Festival: “É um trabalho prazeroso, mas muito dinâmico. Para se ter uma ideia, nos meses de outubro e novembro, assisti a cerca de 180 espetáculos”. “Selecionamos, ainda, peças que, embora boas e com muito potencial, foram vistas por poucas pessoas, como ‘Facas nas Galinhas’ (dirigida por Francisco Medeiros, coordenador do curso de Atuação da SP Escola de Teatro), ‘Recusa’ (dirigida por Maria Thais e que ficou em cartaz na Sede Roosevelt da Escola) e ‘Maria Miss’”, completou Lucia Camargo.



O curador da Mostra Oficial do Festival Celso Curi, com a atriz Maria Alice Vergueiro; à dir., Lucia Camargo, também curadora da mostra, ao lado de Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro

Aos amantes das artes do palco, o aviso: o valor dos ingressos vai variar de custo zero a R$ 60. Clientes Renault e Itaú têm 50% de desconto e podem comprar suas entradas, com exclusividade, a partir desta quinta-feira (31). Aos demais, as vendas vão se iniciar no dia 6 de fevereiro.

E, antecipando a celebração dos 25 anos do Festival, em 2017, Leandro Knopfholz adiantou a boa-nova de que, na data, serão lançados três livros com fotos feitas por Lenise Pinheiro, registrando, em imagens, a história do Festival. “O primeiro abordará os oito primeiros anos, depois, dos 9 aos 16 anos e, por fim, um volume que aborde dos 17 aos 24 anos do Festival. Nenhum fotógrafo documentou tão bem o Festival de Curitiba como a Lenise”, disse Knopfholz, que também é membro do Conselho da Associação dos Amigos da Praça (Adaap), Organização Social de Cultura, responsável por gerir a SP Escola de Teatro.

“O Festival é a grande vitrine do teatro feito aqui no Brasil e no exterior. Sem dúvida, um dos mais importantes do País e – por que não dizer? – do mundo”, disse Ivam Cabral, que prestigiou o lançamento da programação do Festival de Curitiba ao lado da atriz Maria Alice Vergueiro.


 

 

Texto: Majô Levenstein

 

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