Atenta às discussões sociais contemporâneas, a SP Escola de Teatro escolheu como temáticas de trabalho em sala de aula, neste ano, o “Faz de conta na infância: O imaginário nos jogos teatrais” e “Necropolítica”, no primeiro e no segundo semestre, respectivamente.
A pedagogia da Escola toma como base esses temas para nortearem os debates teóricos e o desenvolvimento dos experimentos cênicos, criados pelos grupos de estudantes e encenados.
No primeiro semestre, as investigações cênicas tiveram como base de estudo a pesquisa da teatróloga e professora da USP Ingrid Koudela. No segundo semestre, foram estudos os textos do filósofo Achille Mbembe.
Para fundamentar na prática os estudos temáticos, ao longo do ano, também recebemos a visita de artistas e pesquisadores cujos trabalhos estão interligados às discussões citadas acima. É o caso do mestre maranhense Tião Carvalho, que comandou várias brincadeiras populares do Nordeste brasileiro e falou de sua ligação com as danças tradicionais de sua terra, como o Bumba-Meu-Boi e o Cacuriá, das pesquisadoras e militantes no movimento negro, Rosane Borges e Dina Alves, e do bloco afro Ilu Obá de Min, cujas integrantes ministraram oficina de corpo e ancestralidade aos estudantes de Humor.
ABERTURA
Como já é tradição na SP Escola de Teatro, a cada semestre, os estudantes são recebidos para o novo período letivo em uma aula inaugural, com presença de convidados especiais. Em fevereiro, o cantor e compositor Zeca Baleiro participou do bate-papo, e em agosto, 11 artistas egressos dos cursos regulares estiveram no encontro: Lilian Prado, Gabriel Cândido, Fabiano Muniz, Miguel Rocha, Carol Andrade, Danielle Meirelles, Alicio Silva, Carol Pitzer, Dione Carlos, Angélica Muller e Clau Carmo.