Os papéis sociais das mulheres, muitos impostos pela sociedade para condicionar um modelo de comportamento, estão na essência dos dois espetáculos em cartaz neste mês na SP Escola de Teatro, ligada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo. Um deles, inclusive, estreia neste final de semana, na sala Alberto Guzik, na unidade Roosevelt: a peça “Asas de Seda”, do Coletivo Orna, com sessões às sextas, sábados e segundas-feiras, às 21h, e domingos, às 19h. A temporada segue até 9 de setembro.
O espetáculo aborda questões como a violência contra a mulher, os padrões de beleza nocivos à autoestima feminina e o questionamento da maternidade e do matrimônio como funções sociais, mas de maneira lúdica, inspirado no universo da contação de história e com música.
LEIA TAMBÉM
>> Confira os detalhes dos espetáculos e as fichas técnicas
Na trama, escrita por Luan Carvalho e dirigida por Luiz Soares Jr., uma mulher, às vésperas de seu casamento, busca conserto para o vestido de noiva. Nessa procura, ela se depara com uma velha costureira misteriosa, que lhe oferece seus serviços, mas em troca oferece-se para contar à jovem histórias sobre “mulheres passarinhas”. As histórias contadas confrontam a jovem sobre sua própria história.
“Asas de Seda” é o primeiro trabalho do Coletivo Orna, formado em sua maioria por artistas egressos dos cursos regulares da SP Escola de Teatro: além de Luan Carvalho, que estudou Dramaturgia, estão na equipe também Janaína Maranhão (Humor), Letícia Tancredo (Humor), Rodrigo Alcantara (Cenografia e Figurino), Edson Rocha, Liana Cunha (ambos de Técnicas de Palco) e Danilo Pique e Mariana Nunes (ambos de Sonoplastia).
Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia). E a classificação é 12 anos.
LITERATURA
Além de “Asas de Seda”, o outro espetáculo em cartaz na SP Escola de Teatro que também tem o feminino como centro das reflexões é “Entre e Fique à Vontade”, baseado no livro homônimo de Vívian Mello, em cartaz na unidade Roosevelt até 29 de agosto (exceto no dia 8), todas as quartas e quintas-feiras, às 21h. Adaptado pela própria autora, a montagem apresenta reflexões humoradas sobre o amor e os relacionamentos afetivos.
Na peça, Cacá, Carol e Carolina vivem os dramas característicos da contemporaneidade, como a conflituosa e constante busca por si, pelo outro e pelo sentido da conquista. Encontros e desencontros da mulher contemporânea na busca pela felicidade e as aventuras desta jornada, também entram em cena.
Depois de uma noite de bebedeira, as personagens relatam histórias baseadas em vivências reais, inserindo pensamentos, desejos e desabafos. As personagens dividem com a plateia essas experiências, as relações, as dúvidas, os conflitos e descobertas sobre relacionamentos e, especialmente, sobre elas mesmas.
Os ingressos para a peça custam R$ 40 e R$ 20 (meia). A classificação é 16 anos.