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Gênero

Publicado em: 24/02/2018 |

Além de ter, em seu quadro de funcionários fixos, seis mulheres trans e apoiar eventos da causa LGBTQ, a SP Escola de Teatro discutiu, em 2015, a questão do uso de seus banheiros neste contexto.

Por uma reivindicação dos aprendizes, em maio os sanitários das duas sedes da Instituição (e do Ateliê) se tornaram unissex. O pedido dos aprendizes foi imediatamente reconhecido como legítimo e acredita-se que, apesar de simples, a ação é dotada de poder. A Escola trabalha com o conceito de que seus territórios são livres e indiscriminatórios.

Nesta ação, a SP Escola de Teatro, indiretamente, também se posiciona política e filosoficamente em relação a um outro tipo de constrangimento que a divisão de gênero proporciona.

Em janeiro de 2012, por exemplo, a cartunista Laerte foi impedida de utilizar o banheiro feminino em uma lanchonete. O debate tomou conta da mídia na época. Segundo o artigo 2 da Lei n.º 10.948, de 5 de novembro de 2001, “consideram-se atos atentatórios e discriminatórios dos direitos individuais e coletivos dos cidadãos homossexuais, bissexuais ou transgêneros […] proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público”. Esse imbróglio jurídico-coercitivo nunca ocorrerá na Escola.