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Um Olhar Especial para os Bairros Paulistanos

Publicado em: 11/07/2012 |

Como não poderia deixar de ser, o último Território Cultural promovido pela SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, neste semestre, foi recheado de cultura e teatro. Além das aberturas de sala dos oito núcleos do Experimento do Módulo Verde, o evento teve uma palestra com os atores Alexandre Krug e Rogério Tarifa, abrindo a programação do dia.

 

Alexandre Krug, Joaquim Gama e Rogério Tarifa durante o encontro (Foto: André Stefano)

 

Integrantes da Cia. São Jorge de Variedades, os artistas foram convidados a falar sobre o processo criativo do espetáculo itinerante “Barafonda”, que foi indicado, há alguns dias, ao 25º Prêmio Shell de Teatro, na Categoria Especial. Assim como a montagem do coletivo, que investiga a história da Barra Funda, os aprendizes do Módulo Verde tiveram a missão de olhar para o universo de um bairro, o Brás, percebendo-o como campo de investigação e criação teatral.

 

O coordenador pedagógico da Escola, Joaquim Gama, introduziu os convidados. Assim, o primeiro a falar foi Tarifa, que explicou que a peça é “fruto da trajetória de 14 anos da companhia, o auge de toda uma pesquisa”. A direção e dramaturgia coletiva, que, segundo ele, colaboraram para “renovar as relações dentro do grupo”, foram outros assuntos abordados pelo ator.

 

Na sequência, Krug relembrou um pouco da trajetória do grupo, que teve sede temporária no Teatro de Arena, de 2001 a 2003, e, em 2007, fixou-se na Barra Funda. Pesquisando “a fundo” o bairro, o grupo conseguiu o fomento, em 2010, para colocar em prática seu trabalho. “Uma figura muito forte que encontramos foi a do trabalhador, à qual misturamos mitologia e ficou ainda mais potente. Depois, pensamos em qual lugar as cenas poderiam ser levadas”, observou.

 

Com os convidados intercalando seus relatos, Tarifa destacou a nova onda de espetáculos derivados de pesquisas sobre bairros. “Vocês estão trabalhando o Brás; nós, a Barra Funda; o Vertigem, o Bom Retiro. Isso pode ser ainda mais forte, pois temos vários bairros com histórias ricas”, disse. 

 

Esclarecendo a noção do trabalho coletivo adotado pelo companhia, Tarifa completou: “O termo ‘coletivo’ não quer dizer que todo mundo faz tudo, e sim que cada um potencializa aquilo que tem de melhor”.

 

Ao final da conversa, os núcleos retornaram às suas salas de trabalho para mostrar seus Experimentos ao público. Clique aqui para conferir como foi essa etapa, pela ótica da atriz, diretora e dramaturga Lucienne Guedes, que acompanhou os trabalhos e descreveu a experiência em quatro textos.

 

 

Texto: Felipe Del

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