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Projeto Afro lança aplicativo de fomento e difusão de obras feitas por artistas visuais negros

No último dia 12 de dezembro, foi lançado o aplicativo  “Projeto Afro: Além da tela”, um dispositivo no qual o público pode escolher obras de arte dos artistas que fazem parte do mapeamento do Projeto Afro para fundo de tela/descanso do celular. Os 170 nomes preliminares, já publicados na plataforma, podem ser acessados neste endereço eletrônico.

A iniciativa é do Projeto Afro – plataforma afro-brasileira de mapeamento e difusão de pessoas negras artistas, e tem como objetivo o fomento das artes visuais de artistas negros. A seleção de imagens traz diversos trabalhos que se encontram tardiamente, devido ao forte silenciamento que acometeu os artistas negros ao longo da história. Deri Andrade, criador do Projeto Afro, acredita na arte como um instrumento de luta contra o racismo, a plataforma é fruto de muitos anos de pesquisa, curadoria, estudo e mapeamento desses artistas de diferentes partes do Brasil:

“O aplicativo é mais um passo importante nesta recente trajetória do Projeto Afro, que tem realizado ações no digital e para além deste, em sintonia com sua maior missão de divulgar arte de autoria negra no Brasil. Ao longo de 12 meses, o App passou por um processo de concepção, com uma curadoria que selecionou um primeiro número de obras que poderão ser acessadas no lançamento. Além disso, a construção do aplicativo não seria possível sem a premiação deste edital do ProAC e o apoio da Tatu Cult, parceira do Projeto Afro”, conta Deri Andrade.

Unindo obras de arte e tecnologia, o aplicativo oferece ao usuários diversos trabalhos artísticos e imagens cuidadosamente selecionadas, além de disponíveis para tela de fundo, o app também é integrado a plataforma de mapeamento e difusão de artistas negros e oferece ao público a oportunidade de descobrir os detalhes que envolvem para trabalho. Alexandre Ignácio Alves, Diego Crux, Gustavo Nazareno, Kika Carvalho, Ana Raylander Mártis dos Anjos e Rafael Bqueer, são alguns dos mais de 150 autores cadastrados.

O lançamento do aplicativo contou com uma mesa de debate online no Youtube do Projeto Afro e do Museu Afro Brasil, que também esteve presente na conversa. A mediação foi de Deri Andrade e a apresentação do app  por Jacó Oliveira, da Tatu Cult. Foram convidadas a curadora Carollina Lauriano e a historiadora do MAB (Museu Afro Brasil), Joyce Farias de Oliveira. Para Monique Cerchiari, o app cumpre um papel fundamental na sociedade; mostrar a potência de artistas negros, difundindo seus trabalhos e traçando um caminho para a reconstrução das artes nacionais. “Nossa parceria com o Projeto Afro tem por objetivo garantir uma estrutura sólida e permanente para que essa pesquisa se expanda cada vez mais, e o aplicativo “Projeto Afro: Além da Tela” é um desdobramento desses esforços. Com essa ferramenta acreditamos ampliar o acesso à educação racializada em arte e, assim, contribuir com a geração de impactos positivos à sociedade, já que historicamente o contato com a transgressão artística provoca mudanças sociais”, contou.

Deri Andrade

Alagoano, vive entre São Paulo e Belo Horizonte, é pesquisador, curador e jornalista. Mestrando em Estética e História da Arte na linha de pesquisa História e Historiografia da Arte (Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo – USP), especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais (CELACC – Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação da USP) e formado em Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo (Centro Universitário Tiradentes – Unit). Interessa-se pelo conceito de arte afro-brasileira, investigando a correlação entre conteúdo e forma presente nas poéticas de artistas negros/as/es. Desenvolveu a plataforma Projeto Afro, resultado de um mapeamento de artistas negros/as/es em âmbito nacional, por entender que a arte é um importante instrumento catalisador na luta antirracista. Tem passagens por instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, a Unibes Cultural e o Instituto Brincante. Atualmente, é curador assistente no Instituto Inhotim.

 

PROJETO AFRO

O Projeto Afro é uma plataforma afro-brasileira de mapeamento e difusão de artistas negros/as/es. Quando observados os dados sociais que ainda mostram pessoas negras à margem do processo social, a iniciativa se estende como um manifesto em defesa da igualdade racial.

O Projeto deseja ampliar e viabilizar a produção artística de autoria negra no Brasil, apresentando sua multiplicidade, seus inter-relacionamentos e sua abrangência. Um espaço de descoberta e ressignificação. Fruto de uma pesquisa que compreende mais de três anos e que ainda segue em curso, o conteúdo disponibilizado convida os visitantes a navegar por diferentes aspectos dessas produções: desde o mapa interativo, perfis de artistas, até sugestões de eventos. Toda uma pesquisa organizada em um local dedicado exclusivamente à expressão. 

 

Serviço:

Lançamento do aplicativo ”Projeto Afro: Além da tela”

Disponível para Android

Data: 12 de dezembro 

Evento de lançamento às 17h, mesa de debate online com Carollina Lauriano, Joyce Farias de Oliveira, Ramo, mediação de Deri Andrade e apresentação do app de Jacó Oliveira

Com intérpretes de Libras

Local: YouTube do Projeto Afro e do Museu Afro (aqui




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