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Bibi Ferreira, diva do teatro, é homenageada e se torna patrimônio cultural do Rio de Janeiro

Foto: Reprodução

Bibi Ferreira, uma das grandes divas do teatro brasileiro, foi homenageada pela prefeitura do Rio de Janeiro e agora é patrimônio cultural carioca.

Quem concedeu a honraria é o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, e na última segunda-feira, 10, foi instalada uma de suas tradicionais plaquinhas azuis de patrimônio cultural na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, onde Bibi morou e faleceu em 2019, vítima de uma parada cardíaca. Ela tinha 96 anos. A estrela nasceu e morreu no Rio de Janeiro e morou a maior parte de sua vida no município.

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O Circuito do Teatro é fruto de um esforço conjunto do IRPH com o Instituto Funjor, entidade filantrópica que apoia profissionais da arte e preserva a memória artística brasileira. Os Circuitos do Patrimônio Cultural Carioca consistem na instalação de placas de identificação de bens de interesse cultural da capital fluminense, como as casas que os artistas viveram ou locais onde fizeram história.

Confira abaixo uma minibiografia que a comunicação da SP Escola de Teatro fez sobre Bibi Ferreira, um dos nomes mais importantes das artes cênicas nacionais:

A atriz, cantora, compositora e diretora Bibi ferreira nasceu no Rio de Janeiro em 1922.

Filha da bailarina argentina Aída Izquierdo e do ator brasileiro Procópio Ferreira, Bibi desde criança já teve contato com os palcos do teatro. Aos 3 anos estreou na companhia Revista Espanhola Velasco, no Chile, participando inclusive de uma turnê ao lado de sua mãe, por toda a América Latina.

De volta ao Brasil, agora com 4 anos, participou de óperas e balés durante dez anos, integrando o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1941, estreou na Companhia Procópio Ferreira, na comédia La Locandiera, de Carlo Goldoni, onde interpretava a personagem protagonista da obra, Mirandolina.

Inaugurou sua própria companhia de teatro, a Companhia de Comédias Bibi Ferreira em 1944, com o espetáculo Sétimo Céu, dirigido por Henriette Morineau, e Maria Della Costa e Cacilda Becker no elenco.

Já em 1946, Bibi vai estudar direção teatral em Londres, na Royal Academy of Dramatics Arts. No ano seguinte, estreia como diretora no espetáculo Divórcio, de Clemence Dane, com seu pai no elenco.

Bibi recebe seu primeiro prêmio no início da década de 1950, pela direção do espetáculo A Herdeira, de Henry James, além dirigir Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues, e ser nomeada diretora da Companhia de Comédia do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Alternando entre o teatro e televisão, recebe o prêmio Saci, em São Paulo, em 1964, por sua atuação no espetáculo My Fair Lady, de Alan Jay Lerner e Frederich Lowe, ao lado de Paulo Autran, Jaime Costa, Sérgio Viotti e Elza Gomes.

Tamanho é o seu sucesso que Bibi passa a receber muitos convites para atuar e dirigir, como; Toalhas Quentes, de Marc Camoletti, Gay Fantasy, revista no Teatro Alaska, O Melhor dos Pecados, de Sérgio Viotti, e em 1983, Piaf, A Vida de Uma Estrela da Canção, grande sucesso da época, lhe rendendo os prêmios Mambembe, Molière, Associação Paulista de Empresários Teatrais e Governador do Estado, por sua atuação.

Gota D´Água, de Chico Buarque de Hollanda e Paulo Pontes, É Proibido Suicidar-se na Primavera, de Alejandro Casona, dirigido por Cacilda Becker, Week-end, de Noël Coward, dirigido por Miroel Silveira, e Carmen, de Georges Bizet, dirigido por ele mesma, são alguns dos trabalhos realizados por esse grande nome do teatro brasileiro.

 




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