EN | ES

Na semana internacional da língua portuguesa, confira 10 clássicos escritos no idioma que viraram peças de teatro!

Nesta semana, a língua portuguesa é celebrada internacionalmente, diante disso, a equipe de comunicação da SP Escola de Teatro preparou uma lista exclusiva de clássico escritos originalmente em português que se tornaram grandes peças de teatro.

A adaptação de Os Sertões, de Euclides da Cunha, feita pelo Teatro Oficina; A montagem de Dagoberto Feliz do romance Amar, Verbo Intransitivo, de Mário de Andrade; e a peça Eu Amarelo: Carolina Maria de Jesus, que foi inspirada no livro da famosa escritora mineira, são alguns dos títulos da lista.

Confira Abaixo!

Amar, Verbo Intransitivo:

Foto: João Caldas/ Divulgação

Baseada no romance de Mário de Andrade publicado em 1927, a peça Amar, Verbo Intransitivo foi dirigida por Dagoberto Feliz, com Luciana Carnieli como a Fraulein Elza e Pedro Daher no papel de Carlos. Na trama, Elza é uma imigrante alemã contratada para ser preceptora amorosa e sexual do jovem Carlos, o primogênito herdeiro de uma família tradicional paulista dos anos 1920. O espetáculo estreou em 2019, na Oficina Cultural Oswald de Andrade e também participou do Festival Mário de Andrade com apresentações na Biblioteca Municipal Mário de Andrade. Por sua intepretação da governanta alemã, Carnieli foi indicada a Melhor Atriz pela Associação Paulistas de Críticos Teatrais (APCA) e Aplauso Brasil.

Quarto de Despejo:

Foto: Karen Eppinghaus

Quarto de despejo: Diário de uma Favelada, aclamada obra de Carolina Maria de Jesus, foi adaptada para o teatro com a peça – Eu Amarelo: Carolina Maria de Jesus. Com dramaturgia de Elissandro de Aquino e direção de Isaac Bernat, o espetáculo é um solo que recupera as memórias retratadas pela autora em seu romance. No enredo, o público acompanha a ex-catadora de papel que se transformou em uma das maiores escritoras nacionais, em seus duros relatos do cotidiano vivido nas comunidades de São Paulo, assim como as injustiças, sofrimentos e angústias da vida marginalizada.

Memórias Póstumas de Brás Cubas:

Foto: Lucas Brandão/Divulgação

A obra clássica de Machado de Assis também já foi muito adaptada aos palcos. Em 2017, Regina Galdino montou uma versão musical da narrativa com Marcos Damigo como protagonista. Na época, a performance, que estreou no Teatro Eva Herz, abordou o enredo a partir de uma proposta brechtiana, na qual o ator cumprimentava a plateia e explicava a montagem, pedindo para o público participar de uma canção no início. Dentre suas características, o espetáculo guardou o tom irônico e irreverente do protagonista do livro, Brás Cubas, um homem rico e antiético que, ao narrar sua história de vida, realiza uma crítica mordaz à sociedade aristocrática de seu período.

Ensaio Sobre a Cegueira:

Divulgação

Um dos textos mais aclamados da língua portuguesa, Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago, também já foi adaptado para o teatro. A representação foi feita pela companhia de teatro inglesa Donmar Warehouse com o título de Blindness, em 2020, quem assinou a direção artística foi Michael Longhurst, e Juliet Stevenson foi a protagonista.  Em 2019, o diretor  Kalluh Araújo também adaptou o texto em Belo Horizonte com o grupo CCP Artes Cênicas. O romance, que foi publicado em 1995, e em 1998 recebeu o prêmio Nobel de literatura, traz uma realidade na qual as pessoas são subitamente acometidas pela cegueira.

O Cortiço:

Crédito: Marcelo Martin

O cortiço, clássico da literatura nacional escrito pelo escritor maranhense Aluísio Azevedo, foi inspiração para a peça Bertoleza, da Gargarejo Cia. Teatral. O espetáculo foi um musical dirigido por Anderson Claudir e propôs a releitura do drama a partir do olhar da mulher escravizada, Bertoleza, que também é companheira do protagonista do romance, o português João Romão. Na narrativa original, João é dono de uma pedreira, da taverna e do cortiço local que nomeia o romance, e Bertoleza, na esperança de conquistar sua alforria e casar com o português, trabalha arduamente. A montagem da Gargarejo Cia. Teatral busca recuperar e ressignificar a trajetória da personagem.

Grandes Sertões: Veredas:

Foto: Renato-Mangolin

O espetáculo Riobaldo, interpretado e adaptado por Gilson de Barros e com direção de Amir Haddad, realizou recentemente uma temporada no Teatro Sérgio Cardoso. A montagem propôs uma releitura do icônico romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, que trata de diversas questões existenciais do ser humano. Na peça, o ex-jagunço, Riobaldo, relembra sua vida e seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília.

Os Sertões:

Reprodução

O clássico de Euclides da Cunha já foi adaptado aos palcos pelo Teatro Oficina. Com direção de Zé Celso, o espetáculo é dividido em cinco partes que totalizam cerca de 810 horas de duração; são elas: A Terra; O Homem I; O Homem II; A Luta I; A Luta II. Publicado em 1902, o livro narra os acontecimentos da Guerra de Canudos, que foi liderada por Antônio Conselheiro no interior da Bahia entre 1896 e 1897.

Memórias Inventadas:

Cassia Kis- Foto: Gal Opido

A atriz Cássia Kis personifica o poeta Manoel de Barros no espetáculo Meu Quintal é Maior do que o Mundo, peça atualmente em cartaz no Teatro Vivo. A dramaturgia do espetáculo é composta de trechos do livro Memórisa Inventadas, primeira obra de prosa do autor, na qual ele relata temas do cotidiano e da natureza por meio de uma linguagem simples, poética e coloquial.

A Hora da Estrela:

Foto: Daniel Barbosa

A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéia é uma peça musical inspirada no último livro escrito por Clarice Lispector. A adaptação foi feita pelo diretor André Paes Leme e produzida por Andréa Alves, e quem protagonizou o espetáculo foi Laila Garin. O enredo conta a história de Macabéia, uma jovem imigrante nordestina, que tem uma vivência marcada pela pobreza, solidão, ausência de afeto e poesia. A narrativa retrata a trajetória da personagem que, aos olhos da sociedade, é uma mulher sem nenhum atrativo, chamando atenção para diversas questões sociais e existenciais.

  Gota d’Água:

Foto: Evandro Macedo

O livro de Chico Buarque e Paulo Pontes, Gota d’Água, traz o clássico de Eurípides, Medeia, para a realidade brasileira. Na história, o leitor acompanha Joana, uma mulher madura que se apaixona por Jasão, sambista famoso pela canção ‘Gota d’Água’. A obra foi transposta para os palcos pelo diretor Jé Oliveira, que direcionou o espetáculo para reflexões de cunho social e racial, chamando atenção para a musicalidade negra e ressaltando aspectos importantes das religiões de matriz africana.




Posts Archives

Na semana internacional da língua portuguesa, confira 10 clássicos escritos no idioma que viraram peças de teatro!

Posted on

Nesta semana, a língua portuguesa é celebrada internacionalmente, diante disso, a equipe de comunicação da SP Escola de Teatro preparou uma lista exclusiva de…

Read more

Dia nacional da língua portuguesa: 10 clássicos escritos no idioma que você precisa ler!

Posted on

    Nesta última sexta-feira, 5, foi o dia nacional da língua portuguesa! A língua compõe parte essencial da nossa cultura, é através dela…

Read more