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Coletiva Profanas apresenta repertório de solos performáticos sobre identidade de gênero

Neste final de semana, a Coletiva Profanas apresenta no CRD (Centro de Referência em Dança da cidade de São Paulo) e online através do YouTube, três obras de seu repertório: fRuTaS&tRaNs-GRESSÃO. Histórias para Tangerinas e Cavalas-Marinhos, FURA! ou Um objeto de penetração e Cartas Para(Ti) nos dias 18, 19 e 20 de junho, sempre às 21h.

No presencial, as apresentações seguirão todas as medidas de segurança para a controle da covid-19, recebendo apenas 20% da capacidade de público.

A primeira peça da trilogia, fRuTaS&tRaNs-GRESSÃO. Histórias para Tangerinas e Cavalas-Marinhos, será apresentada na próxima sexta-feira, 18, às 21h. A obra performática narra um corpo em transição de gênero não binário mostrando como esses depoimentos viram obras de arte. A personagem Tangerine se desnuda frenéticamente para que aceitem seu corpo e a deixem existir. Ela não é homem, nem mulher e nem travesti. Uma corpa não binárie, hibrida, desobediente e fluída, que canta e dança mágoas desafinadas em seu talkshow solitário. O espetáculo surgiu a partir do objetivo de naturalizar e problematizar a ‘presença’ de corpos trans e não-bináries em cena durante cinco anos de pesquisa.

No sábado, 19, às 21h, é a vez de FURA!. Uma obra autobiograficamente visceral que conta a história de Manfrin, atriz e produtora da companhia, e artista convidade da SP Escola de Teatro. Inspirada na auto teoria de Testo Junkie, do filósofo e escritor espanhol Paul B. Preciado – que escreveu sobre processos cirúrgicos, hormonais, sociais, existenciais de sua própria transição – a peça trata sobre estas questões que agora Manfrin passa. “Fura é o segundo momento de uma trilogia que eu escrevo para minha transição dentro de um ciclo social, etapas que um corpo travesti passa para se transicionar. Em FURA! busco transicionar dentro da cabeça das pessoas. O que eu preciso fazer para que alguém me veja primeiro como uma mulher?”, explica a artista.

Já no domingo, 20, também às 21h, Cartas Para(Ti). Em cena online teremos: uma que para e um que anda. Talvez não se faça cena, mas se faça vida em registro e trans(missão) duracional. Em uma tentativa frustrada de dar voz ao tempo. Justo essa deusa tão discreta, mas perversa. Sábia. Voraz. Contamos a história de uma Mãe que sempre para, de um Filho que sempre anda e uma travesti grávida.

Manfrin é atriz, dramaturga, diretora, arte-educadora e pedagoga de gênero, que neste semestre, participa como orientadora dos experimentos cênicos na SP Escola de Teatro. É. Mestra em Artes Cênicas pela USP na área de Teoria e Prática do Teatro. É formada em Artes Cênicas e Interpretação Teatral pela UnB e Direção Teatral pela UFBA. Defendeu a pesquisa de mestrado intitulada “Práxis Queer da cena: Percurso de corpos travestigêneres e trans não Binários nas artes cênicas contemporâneas brasileiras” sob orientação do estudioso de Teatro e Gênero Prof. Dr. Ferdinando Martins, professor da USP.

Ficha técnica

Elenco: Manfrin () | Violista: Kinda Assis | DJ: Transalien | Direção e Dramaturgia: Manfrin | Produção Executiva: Romã Andrade | Assistente de direção e produção: Deise Cardoso | Iluminadora: Greta Liz | Operador de vídeo-projeção e transmissão: Vinicius Oliveira e Lola Magalhãez (Mali Produtora Audiovisual) | Classificação Indicativa: 18 anos | Duração: 60 min.

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