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SP Dramaturgias mergulha na neurose e no amor

Publicado em: 03/07/2013 |

“Como pássaros no céu”, escrito por Teresa Borges, aluna do Núcleo de Dramaturgia do Sesi-British Council, foi o texto apresentado ontem (2), no projeto SP Dramaturgias da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.

Em cena, dois jovens que se conhecem, apaixonam e fazem planos para construir uma vida em comum, independentemente da estranha resistência do pai do rapaz. Essa vida, que prometia ser feliz e fértil, vai, aos poucos, se revelando impossível e o aparente algoz dessa felicidade torna-se o único porto seguro, em meio a acontecimentos confusos, que, afinal, justificam a atitude do pai.

A direção ficou a cargo do aprendiz Douglas Lima. No elenco, os aprendizes de Atuação Bruna Moraes, Zé Motta e Fernanda Otaviano; André Mendes, de Direção, e Marcelo Oriani, de Humor. A sonoplastia levou assinatura de Carlos Ronchi.

Depois da leitura, que, por sinal, contou com casa lotada e foi muito aplaudida, a autora, o diretor, elenco e a coordenadora do exercício, Maria Shu, ex-aprendiz de Dramaturgia da Escola, convidaram o público para debater a obra. “O que mais me motivou a participar do projeto foi o fato de ele ser voltado a textos que ainda não estão prontos, fechados, mas em processo de elaboração. Foi o meu primeiro texto a ganhar encenação e fiquei muito feliz com o que vi”, disse a dramaturga Teresa Borges.

Questionada sobre o processo de criação de “Como pássaros no céu”, a escritora contou que, de início, a ideia era ter apenas duas personagens em cena. “Depois, a Marici Salomão (coordenadora do curso de Dramaturgia na SP Escola de Teatro e do Núcleo de Dramaturgia do Sesi -British Council) me ajudou a procurar novas formas, extrapolar a narrativa e acabei indo por um caminho ‘vinaveriano’, brincando com tempos e com diferentes vozes, bem ao estilo do autor francês Michel Vinaver”, contou Teresa.


Sobre o projeto
O SP Dramaturgias acontece mensalmente e tem supervisão da jornalista e dramaturga Marici Salomão. Nele, são realizadas leituras de textos dramáticos. Esses textos também podem ser de autores que não façam parte da Escola, contanto que sejam inéditos. A seleção das obras a serem lidas se pautará em critérios artísticos (além de inéditos, textos que dialoguem com questões da contemporaneidade, quer na forma, quer no conteúdo) e pedagógicos (a partir de demandas e questões oriundas do trabalho desenvolvido entre formadores e aprendizes na Escola). Os interessados em participar devem enviar seus textos para o e-mail: [email protected]. Os selecionados serão lidos por aprendizes e formadores da Instituição.

Texto: Esther Chaya Levenstein