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Grammy Latino: “ ser indicado já é um prêmio pra mim!”, afirma André Abujamra, formador da SP que concorre na categoria melhor álbum de rock

Publicado em: 18/11/2021 |

André Abujamra foi indicado ao Grammy Latino 2021 por seu álbum Emidonã – alma de fogo, e concorre na categoria Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa. O músico já participou como artista convidado no curso de sonoplastia da SP Escola de Teatro, e forneceu para instituição um depoimento exclusivo contando um pouco mais dessa conquista.

Emidonã significa “o fogo que transforma”, o disco é parte de uma série de cinco álbuns todos idealizados pelo artista e que versam sobre elementos da natureza. Tal como o significado de seu nome sugere, o álbum fala do fogo, questionando os limites de seu poder de destruição.  Seu percussor, Omindá – A união das almas do mundo pela água (2018), tematiza o elemento água e Lejôodara – O ar da existência, que será lançado pelo artista em 2022, é sobre o elemento ar.

Em 2020 o disco se tornou uma animação feita em parceria com a Openthedoor Studios, na qual Abujamra narra a jornada de Iskandar, a história é repleta de elementos simbológicos de deuses egípcios e diversos seres mitológicos e imaginários. Na narrativa, o protagonista enfrentará tudo o que há de mais destrutivo no mundo para restaurar o amor, o sentimento mais puro e único capaz de conectar o homem à sua real natureza. O papel principal é interpretado pelo próprio compositor do álbum, mas dele também participam grandes nomes da música contemporânea e das artes cênicas como Chico César, Criolo, Fernanda Takai, Zélia Duncan, BNegão e Rodrigo Santoro. Atualmente “Emidoinã – Alma de Fogo”, além de estar disponível nas principais plataformas de streaming musical do país, pode ser acessado online no Now, no Vivo Play e no Looke.

André Cibelli Abujamra (São Paulo, São Paulo, 1965) é compositor, cantor, multi-instrumentista, ator e produtor.  Ele é filho do ator e diretor Antônio Abujamra, do qual a SP Escola de Teatro guarda mais de 10 mil objetos colecionados e catalogados em um acervo com o nome do artista.

Em parte pela influência paterna, André inicia sua trajetória no universo da arte muito cedo, começando a estudar música com apenas 3 anos. Ainda na juventude fez parte de uma dupla com Maurício Pereira chamada Os Mulheres Negras, na qual gravou dois LPs: Música Serve para Isso (1988) e Música e Ciência (1990), ambos marcados pelo humor e experimentalismo.

Mais tarde, ele fez parte da banda Karnak formada por 12 músicos, um cachorro, 2 atores e uma dançarina do ventre, além de gravar em conjunto com Marisa Orth e Fernando Salem os discos independentes O Infinito de Pé, Retransformafrikando e Mafaro.

André também atuou prolificamente como compositor já tendo produzido a trilha sonora de mais de 70 filmes, alguns consagrados como Carandiru, Bicho de Sete Cabeças, Castelo Rá-tim-bum e 2 Coelhos!

Confira a seguir a entrevista exclusiva concedida a instituição:

 

Ficamos muito felizes com sua indicação para o Grammy latino! Como é ser indicado para um prêmio internacional e de tão grande repercussão como esse? Qual é o impacto dessa indicação para você?

Ser indicado para o Grammy Latino, já é um prêmio pra mim. Tem muita gente boa concorrendo e muito trabalho bom sendo lançado. Eu me sinto honrado com essa indicação depois de muitos anos de carreira.

 

Você é um artista de muitas facetas, como se deu o processo de conectar diferentes linguagens em função da criação do álbum “Emidoinã” ?

Emidoinã começou antes da pandemia, fiz o disco todo tocando todos instrumentos e vozes. Foi um processo rápido. Daí veio a ideia do projeto de animação e virou filme também.

 

Você é consagrado também no universo das trilhas sonoras, já tendo produzido muitas para filmes importantes no cinema brasileiro, como isso impactou o processo criativo do álbum?

Eu costumo pensar meus discos dessa quintologia (dos elementos) como um filme. Todos tem uma história e uma ligação entre si. Então os discos viram roteiro e trilhas sonoras dos projeto. Não é só um disco, nem só um filme e nem só um show. Eu chamo de showfilmes.




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