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Regra de Três no Palco

Publicado em: 01/07/2011 |

A fim de completar o ciclo de matérias sobre os trios que comandam os Cursos Regulares da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, apresentaremos, a seguir, algumas informações sobre os responsáveis pelo curso de Técnicas de Palco, coordenado por J. C. Serroni.   

 

A partir de um processo de seleção, o artista residente Igor Martins e a formadora Viviane Ramos foram chamados para trabalhar aqui na SP Escola de Teatro. No intuito de oferecer o melhor da área aos aprendizes, foram analisados os aspectos mais relevantes de um artista.

 

“O processo de seleção foi muito rico e representou um período de reflexão sobre meu próprio trabalho, pois, até então, eu não havia parado para organizar um currículo sobre tudo o que já havia feito”, comenta Viviane.

 

Formada em Produção Editorial pela Universidade Anhembi Morumbi, a formadora já participou duas vezes da Quadrienal de Cenografia, Indumentária e Arquitetura Cênica de Praga; em 2003, como coordenadora da seção brasileira de figurinos e, em 2007, como orientadora na execução de adereços e figurinos no trabalho dos alunos na Scenofest.

 

A produtora conta que conheceu Serroni em 1999, quando participou de uma oficina para construção de um de seus cenários para o espetáculo “A Barca dos Mortos”, com direção de Rubens Ruche. “O cenário ocupava todo o porão do Centro Cultural São Paulo”, lembra Viviane.

 

Também coordenador do curso de Cenografia e Figurino, Serroni formou-se em Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) e tem especialização em Arquitetura Teatral. O cenógrafo foi um dos coordenadores do Departamento de Cenografia da Rádio e TV Cultura.

 

Em 1987, o arquiteto entrou para o grupo Macunaíma e esteve à frente do Núcleo de Cenografia do Centro de Pesquisas Teatrais (CPT) do Sesc-SP, função que exerce até os dias de hoje.

 

O artista residente, Martins, é cenógrafo formado pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). Trabalha há mais de 15 anos em diversas vertentes da cenografia. Atua nas áreas de cinema, teatro, televisão, montagem de exposições, efeitos especiais, cenografia para eventos, esculturas cenográficas e maquetes artísticas.

 

Entre seus trabalhos, pode-se destacar sua contribuição aos programas “Cocoricó” e “Vila Sésamo”, ambos da TV Cultura. Seu último trabalho em cenografia foi a realização das máscaras do balé “Paraíso Perdido”, do Balé da Cidade de São Paulo.

 

Para ministrar aulas na SP Escola de Teatro, Martins toma como base sua experiência profissional em cenografia e nas artes visuais. Ele diz, ainda, que a grande referência que tem é a memória do processo educacional que teve, junto ao Serroni, no Espaço Cenográfico.

 

De acordo com Martins, a experiência de ser artista residente é muito enriquecedora, pois no processo em aula, junto aos aprendizes, ele sente um aprendizado mútuo, no qual algumas questões levantadas por eles o fazem refletir sobre outros aspectos. “Agora entendo porque muitos artistas, a partir de um momento de suas vidas, se tornam também formadores.”