Recém-chegados ao Módulo Amarelo da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, aprendizes do período vespertino já estão enfrentando uma maratona de palestras que servirão de base para os estudos sobre os elementos do teatro narrativo e a obra “Viva o Povo Brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro.
Nos primeiros dias de aula, os aprendizes voltaram suas atenções para o Panorama dos Cursos, nos quais, entre quarta (10/9) e quinta-feira (11/9), foram apresentados os pactos de trabalho e as propostas a serem desenvolvidas no decorrer do semestre.
Dando continuidade a esta maratona e, para aumentar mais ainda o repertório dos aprendizes, entre hoje (12/08) e amanhã (13/08), eles receberão artistas, pensadores e pesquisadores que irão falar sobre o tema “Povo Brasileiro”, sob diferentes pontos de vista, como antropologia, artes plásticas, dramaturgia, semiótica e identidade cultural.
Hoje, os convidados são o artista plástico Nuno Ramos e o antropólogo Pedro Cesarino. Já amanhã, para finalizar estes encontros, os aprendizes vão receber a professora Doutora Malena Contrera e o dramaturgo Lauro Cesar Muniz.
Artes Plásticas
Nuno Ramos é escultor, pintor, desenhista, cenógrafo, ensaísta, videomaker e, para compor suas obras, emprega diferentes suportes e materiais, trabalhando com gravura, pintura, fotografia, instalação, poesia e vídeo. Entre seus trabalhos estão a “Instalação 111” e a construção de um monumento em memória aos desaparecidos durante a ditadura militar em Buenos Aires. É autor dos livros “Cujo”, “Balada” e “O Pão do Corvo”.
Antropologia
Especializado em etnologia, Pedro Cesarino estuda, desde 2004, o xamanismo e a poética presente na tribo Marubo, do Vale do Javari, no Amazonas, além disso, pesquisa temas relacionados às tradições orais, mitologia, cosmologia e antropologia da arte.
Semiótica, Mito e Identidade
Malena Contrera é professora convidada da Universidade Autônoma de Barcelona e titular do curso de mestrado em Comunicação da Universidade Paulista (Unip), membro do Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Semiótica da Cultura e da Midia, da PUC/SP (CISC), líder do Grupo de Pesquisa em Mídia e Cultura, da Unip e coordenadora de intercâmbio de pesquisa com as universidades chilenas Austral, de Valdívia, e Playa Ancha, de Valparaiso.
Dramaturgia
Dramaturgo e autor, Lauro Cesar Muniz inicia sua carreira escrevendo para teatro. Em 1963, tem encenada a peça que lhe daria maior projeção, “O Santo Milagroso”, mais tarde adaptada para cinema e televisão. Em 1966, assina sua primeira telenovela, “Ninguém Crê em Mim”, para a TV Excelsior. Na Rede Tupi, escreve “Estrelas no Chão”. Adapta o romance “As Pupilas do Senhor Reitor”, de Júlio Dinis, para a TV Record. Estreia na Rede Globo, em 1972, e ali é autor de “Escalada”, “O Casarão”, “Os Gigantes”, entre outras novelas. Em 1981, na Rede Bandeirantes, escreve “Rosa Baiana”. Em 1983, retorna à Globo e assina, entre outras, a autoria de “Sol de Verão”, “Transas e Caretas” e “O Salvador da Pátria”, além das minisséries “Chiquinha Gonzaga” e “Aquarela do Brasil”. Após 35 anos, retorna à Record, onde assina a autoria de “Cidadão Brasileiro” e “Poder Paralelo”. Também colaborou em diversos roteiros de cinema.
Texto: Renata Forato