O tema do Bate-Papo Online desta semana foi “O Ofício do Ator”, com Georgette Fadel, atriz formada pela Escola de Arte Dramática, EAD/USP e diretora formada pelo Departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicação e Artes, ECA/USP. Prêmio Shell de São Paulo, em 2007, como Melhor Atriz pelo espetáculo “Gota D’Água-Breviário”, de Chico Buarque e Paulo Pontes, Georgette conversou simultaneamente com cerca de 20 pessoas sobre o assunto no site da Escola.
Uma das primeiras perguntas realizadas no bate-papo foi de Dinho Del Puent, que questionou se o teatro produzido hoje estaria mais passivo ou mais ativo frente aos questionamentos do homem contemporâneo. Sem rodeios, Georgette respondeu: “Vejo que nossos companheiros artistas estão loucos para achar caminhos. Isso já é deslumbrante. Tento não julgar. Percebo que estamos caminhando com força e convicção”.
Para discorrer sobre o significado da palavra encenação, a artista recorreu a duas definições distintas que, ao mesmo tempo, se aproximam: trabalho e diversão. Para ela, o exercício do ato de representar acontece no plano da elaboração de elementos espaciais e temporais. “Outra definição é o conceito de festa! Celebração onde todas as forças da natureza se apresentam para serem louvadas. Máscara. Representação dos mecanismos”, acredita.
Foi ao acaso que a atriz e diretora encontrou a faculdade de Artes Cênicas. Hoje, ela vê como inimaginável um caminho sem o teatro. “Tive um insight na hora de preencher a ficha do vestibular. Ia fazer astrofísica, pode? Aí tive uma percepção que não era por aí. Eu queria dançar e saber de outras coisas. Fiquei por alguns minutos tentando pensar no trabalho que fosse o mais abrangente possível”, conta. “E eu que nunca tinha feito teatro acabei me encontrando no palco”, finaliza a artista.
Agende-se
Na próxima quinta-feira (22), às 16h, Luis Alberto de Abreu, dramaturgo e roteirista, fala sobre “O Papel do Dramaturgo no Processo Colaborativo” no Bate-Papo Online. Você é o nosso convidado para este encontro.