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O aprendiz Leonardo de Sá abre o SP Dramaturgias do 2º semestre de 2015

Publicado em: 30/09/2015 |

Aprendiz do Curso Regular de Dramaturgia, Leonardo de Sá inicia a programação do SP Dramaturgias no segundo semestre de 2015. Desde junho de 2012, o projeto oferece, na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, leituras dramáticas de textos inéditos e contemporâneos. A coordenação é de Marici Salomão e Alessandro Toller – coordenadora e formador de Dramaturgia, respectivamente.

 

Leonardo de Sá apresenta “O Estado contra George em Alcolu”, texto que discorre sobre um crime histórico. O protagonista George é um dramaturgo que deve escrever uma peça sobre um jovem que foi vítima da pena de morte na América. Ao perceber que as estruturas sociais que permitiram essa morte ainda existem e continuam a fazer vítimas, ele se questiona sobre o podeer o poder que o teatro tem em transformar a realidade.

 

“Acho que a peça fala sobre dois temas centrais: a institucionalização do racismo e a pena de morte como política de Estado”, afirma o aprendiz. “Ambos aparentemente são aspectos do passado ou não fazem parte da história oficial do Brasil, mas, mesmo sem o respaldo legal, muitas mortes ocorrem pelas mãos da máquina estatal por meio de sua maior representante armada – a Polícia Militar.”

 

Leonardo de Sá teve a ideia de escrever o texto quando soube da história de George Stinney Júnior, morto em 1944 em cadeira elétrica na pequena cidade de Alcolu, nos Estados Unidos. Ele era negro e pobre, e foi punido após acusação de ter matado duas garotas brancas. “Soube dessa história quando o jornal Folha de São Paulo publicou a notícia de que uma juíza na Carolina do Sul reabriu o processo judicial ao constatar irregularidades jurídicas”, lembra o aprendiz, que se comoveu com a história. A dramaturgia foi construída com o estabelecimento de um paralelo entre esta história e o caso do menino Eduardo de Jesus, morador do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, morto por um policial com um tiro na cabeça.

 

Para o dramaturgo, a SP Escola de Teatro o ajuda a aprimorar sua escrita por meio de três aspectos. “Há o contato com as pessoas, a experiência de se deixar afetar pelo olhar do outro. Em segundo lugar, há a devolutiva dos formadores, que acompanham nossos projetos e nos norteiam”, diz, dando destaque para Marici Salomão e Evill Rebouças. Ele cita, ainda, as discussões de textos de dramaturgos renomados, orientadas por Alessandro Toller.

 

Sob orientação de Cecilia Bilanski, outros aprendizes da SP Escola de Teatro participam do projeto:
Atuação: Eric Junior Barros Takhashi, José Gelson da Silva Filho, Kryslei Cirpiano Goes, Manuella Alves da Silva, Tatiane Camargo Sgorlon
Direção: Luana Miguel
Dramaturgia: Cristina Santos e Vinicius da Silva Souza
Sonoplastia: Murilo Simões de Lima e Fabio Lima

 

Serviço
SP Dramaturgias – Leitura dramática de “O Estado contra George em Alcolu”

SP Escola de Teatro. Sede Roosevelt. Praça Roosevelt, 210, Consolação.
6 de outubro, terça-feira, 20h. Grátis e aberto ao público.




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