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Não se pode escrever tv como se fosse teatro e vice-versa

Publicado em: 10/05/2010 |

O bate-papo realizado na quinta-feira, dia 06 de maio, com o jornalista e dramaturgo Mário Viana, discutiu linguagens distintas de criação textual e refletiu sobre as relações existentes entre dramaturgia e teledramaturgia.

 

A experiência de Mário como escritor para TV e para Teatro, foi ponto convergente da conversa que esclareceu diferenças e proximidades entre estas linguagens.

É possível viver neste país, apenas escrevendo?, Qual a principal diferença entre dramaturgia para teatro e para TV?; Por que é tão difícil fazer teledramaturgia no Brasil? Foram umas das perguntas propulsoras de várias reflexões ao longo do diálogo.

Com apego às questões práticas, o dramaturgo conduziu suas respostas com clareza, além de propor leituras e apresentar características de seu modo de criação. “Eu busco inspiração nas pessoas comuns, em gente que não é herói, que tem histórias sensacionais pra contar. Eu sempre caço isso em meus personagens de teatro” afirma.

 

Apesar de salientar a diferença entre as linguagens, Mario também relata que há um local de interlocução entre as duas. “Muitas vezes, a influência de um meio sobre outro pode ser legal, se for bem dosada”, conclui o dramaturgo.

 

O posicionamento com relação à teledramaturgia e a dramaturgia são de suma importância aos que pretendem se dedicar a esse processo. A experiência prática de Mario Viana vem, nesse sentido, suprir uma lacuna de informações sobre a dramaturgia para teatro e para TV, assim como, suas peculiaridades, como criação artística e os pontos de intersecção em que elas se encontram.

 

A ideia da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco em realizar bate-papo semanais com profissionais da atualidade, visa explorar mais a fundo temáticas recorrentes no meio artístico e estabelecer diálogos entre elas.

 

Texto: Thiago Leite
Fotos: Jô Capusso