Enquanto cinco cursos de Extensão Cultural estão com as inscrições abertas, ontem (4), foi a vez de terem início as aulas do Módulo II de “Canto e Impostação Vocal para a Cena Teatral – Introdução à Preparação para Musicais”.
Orientado por Fernando Grecco, acompanhado pelo pianista Breno Ruiz, o curso é uma continuação das aulas que o maestro ministrou na Escola de fevereiro a abril. Assim, a turma atual é, em sua maioria, formada pelos ex-alunos de Grecco.
“Como eu costumo dizer, o canto é um trabalho físico, como uma ginástica aeróbica, um basquete, uma natação. É preciso realizar treinos musculares, num exercício regular”, iniciou o professor, que aproveitou para anunciar a seus alunos: “No final deste curso, vamos montar um trecho de um musical”.
“O interessante deste curso é você identificar o ponto em que está, em matéria de canto, e, a partir daí, buscar a evolução. Não será uma evolução significativa, pois o tempo é curto, mas é preciso escolher algo e focar nisso, para melhorar. Trata-se de uma turma eclética, com atores e músicos, mas acredito que essas diferenças virão para somar, para um aprender com o outro”, disse Grecco, que, entre outras coisas, destacou a respiração diafragmática e a colocação frontal como elementos a serem trabalhados nas aulas. “Muita gente usa os músculos erroneamente na hora de cantar. Vamos tentar acabar com isso”, promete.
Sobre a apresentação final do curso, Grecco adianta: “Vamos seguir trabalhando sobre o texto ‘Liberdade, Liberdade!’, do Millôr Fernandoes e Flávio Rangel. Apresentamos uma versão reduzida, ao final do primeiro módulo. Agora, pretendemos acrescentar algumas cenas e músicas e aprofundar o trabalho de canto e interpretação do grupo. Devemos ter quatro apresentações ao final do curso, em função da grande procura de público que houve ao final do primeiro módulo”.
Clique aqui para assistir à apresentação final do Módulo 1 de “Canto e Impostação Vocal para a Cena Teatral – Introdução à Preparação para Musicais”
Sobre o Orientador
Fernando Grecco é jornalista e regente graduado pela USP, além de formado em teatro pelo Teatro-Escola Macunaíma. Como ator, participou das montagens “A Invasão”, de Dias Gomes; “Estado de Sítio”, de Albert Camus; “Ubu Rei”, de Alfred Jarry; “Belinda e a Guerra das Quengas”, baseado em “Lisístrata”, de Aristófanes; “A Linguagem das Flores”, de García Lorca; “Os Pecados de Moliére”, adaptação de “O Avarento”, de Molière, e “Ragnarock! – A Epopeia Humana”, musical de sua própria autoria.
Como diretor de cena, trabalhou nas montagens das óperas “Ácis e Galatea”, “Os Peregrinos de Meka”, “O Elixir do Amor” e “A Campainha”. Dirigiu também os espetáculos “O Canto das Águas”, “O Coro dos Contrários” e “Um Conto de Natal”. Paralelamente, desenvolve trabalho como cantor, atuando como solista em várias obras de concerto, além das óperas “Orfeu”, “The Indian Queen”, “As Bodas de Fígaro”, “O Empresário”, “Salomé”, entre outras. De 1992 a 2011, foi cantor do Coral Paulistano do Theatro Municipal de São Paulo. Em 2012, venceu o prêmio da Secretaria da Cultura de São Paulo para gravação de disco inédito e circulação de espetáculo de música com o projeto “Obi – Somos Todos Negros”.
Texto: Esther Chaya Levenstein