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Música e Poesia

Publicado em: 17/04/2012 |

Quando pequeno, gostava muito de plantas, pedras e animais. O seu maior objetivo é entender o ser humano. Curioso por questões transcendentais e místicas, Vinicius Londero, auxiliar administrativo do Ateliê da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, é o protagonista da história de hoje.

 

Foi em Santa Maria, Rio Grande do Sul, que nasceu e cresceu o terceiro de quatro filhos. “Tive uma infância tranquila com meus irmãos”, diz. Sobre seus pais, Vinicius reconhece o carinho e a educação que teve. “Eles sempre foram amorosos e corajosos e me educaram com simplicidade e muito esforço. Sou bastante grato por isso.”

 

O interesse pela natureza o acompanha até hoje e foi o que fez com que, aos 22 anos, optasse por uma faculdade de Ciências Biológicas, curso que pretende retomar em breve. “Sou, também, técnico agrícola. Estudei canto, teoria musical e violino no Curso Extraordinário de Música da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e integrei o coro da universidade por 5 anos”, conta.

 

Com planos de desenvolver trabalhos artísticos, veio a São Paulo, onde conseguiu espaço como vocalista e percussionista no Voz, um grupo vocal de música folk e world music. “E hoje estou aqui, na SP Escola de Teatro, procurando conhecer um pouco mais sobre as artes do palco”, completa.

 

Como um bom músico, quando perguntado sobre sua música preferida, Londero não consegue se limitar a uma. “Músicas nos embalam e inspiram de acordo com o momento em que vivemos. Gosto muito de música vocal. Tenho ouvido muito um moteto de J. S. Bach, o ‘Jesu, Meine Freude’, e conheci, há pouco tempo, um compositor que tem me emocionado muito, William Byrd. Dentro da música popular, obras como ‘Melodia Sentimental’ (Villa-Lobos), ‘Yo Vengo a Ofrecer mi Corazón’, na voz de Mercedes Sosa, ou ‘Concerto pour Elle’, de Saint Preux, na voz de Danielle Licari, elevam minha consciência e minha sensibilidade.”

 

Além de ouvir canções, cantar e tocar instrumentos, sua outra paixão é escrever. O universo mágico das palavras sempre fez parte de sua vida. Até quando elege a cor que o representa, Vinicius responde poeticamente. “Gosto do laranja e do violeta, mas ser representado por uma cor, tão somente, me parece limitado demais. Prefiro pensar que somos policromáticos, com suas energias e significações múltiplas.”

 

Marido romântico e pai coruja, hoje, ele reflete felicidade e plenitude. “Sou afortunadamente casado e abençoado com uma filha, que me dá muitas alegrias.” E agora, com uma família a zelar, a sua vontade é “ser mais consciente que ontem e ter, cada vez mais, esperança no ser humano”.

 

 

Texto: Jéssika Lopes