Na próxima quarta-feira, 24, Mauricio Paroni, coordenador da Biblioteca da SP Escola de Teatro, fará uma conferência devolutiva e aberta sobre a obra O Decameron, intitulada “O Decameron e engenho de Giovanni Boccaccio na reconstrução de uma sociedade desancada pela peste”, às 20h no Espaço dos Parlapatões, na Praça Roosevelt.
Na discussão, haverá uma breve visita técnica expressiva das oralidades populares toscana e napolitana, terrenos genialmente visitados e construídos pelo escritor Boccaccio e pelo cineasta Pier Paolo Pasolini. Os temas de alegria, humor, drama, segredos, literatura, crítica e história estarão presentes na exposição.
“Pode parecer de pouco conto, mas nenhum ser humano que eu conheça ou que eu possa imaginar tem a capacidade de ter o privilégio de ver um Azul tão lindo e tão profundamente Azul como aquele que o pintor Giotto fez na Capela de Scrovegni em Pádua, na Itália. Contar isso para as pessoas aumenta a imaginação de quem vai para um palco e para uma plateia. Parece pouca coisa, mas é uma partilha super relevante e o mais importante é que isso seja contato ao invés de escrito e que seja algo que só o teatro pode dar, talvez nem a pintura seja capaz. Essa chave tem a fechadura nos Parlapatões, com a história do Boccaccio, do Giotto e do Pasolini. Eu espero estar à altura de poder transmitir isso para as pessoas. Simplesmente porque a percepção daquele Azul giottesco não se opera com a Inteligência Artificial ou com tela digital alguma”, relata Mauricio Paroni sobre sua palestra.
Sobre o livro Decameron
Decameron são histórias contadas por sete mulheres e três rapazes durante dez dias, durante a epidemia da peste que eclodiu em Florença em 1348. Para escapar dela, o grupo fugiu ao campo. A cada dia, um rei ou rainha é eleito para decidir os temas a serem contados, uma balada é cantada e a chefia do dia seguinte é escolhida.
Serviço
Quando: 24 de maio, quarta-feira
Horário: 20h
Onde: Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158 – Consolação, São Paulo – SP
Entrada gratuita