A atriz, bailarina e colaboradora da SP Escola de Teatro Márcia Dailyn nunca poupou esforços para celebrar o Mês do Orgulho LGBTQIA+ e lutar pelos direitos da comunidade.
Depois de ter participado da campanha #orgulhoresiste da Ambev, que mostra uma linha do tempo com os principais protestos e movimentos LGBTQIA+ da história, Márcia se caracterizou como a inesquecível personagem Dorothy de O Mágico de Oz, na última segunda-feira (28) de junho, mês que a Revolução de Stonewall completou 52 anos, e a atriz Judy Garland, um dos principais ícones do movimento LGBTQIA+ no mundo, foi encontrada morta em sua casa em Londres.
“Não há lugar como o nosso lar, e o meu lugar é onde eu quiser”, comenta a artista enquanto circula pelas ruas de São Paulo.
Márcia sempre faz questão de lembrar com enorme gratidão de figuras importantes como Phédra De Córdoba, Rogéria, Miss Biá, Janne de Castro, Eloína dos Leopardos, Divina Valéria, entre tantas outras que abriram as portas e lutaram incansavelmente. Para ela, esses grandes nomes da luta LGBTQIA+ são verdadeiras heroínas, que resistiram e deram a oportunidade para que hoje ela e suas contemporâneas pudessem ocupar não somente alguns espaços, mas os espaços que quiserem. Homenageá-las e relembrar da importância de se fazer presente, não apenas nos palcos, mas também nas telas de cinema, televisão, revistas e qualquer meio de comunicação é fundamental.
“Pouco a pouco estamos ocupando os espaços e conquistando nossos lugares. E isso ninguém mais tira de nós, pois continuaremos em pé, lutando pelos direitos que nos foram tirados”, diz Márcia.
Vale lembrar que a colaboradora da SP Escola de Teatro é a primeira bailarina transexual da Escola de Dança e Bailados do Teatro Municipal de São Paulo, o Teatro Bolshoi e a Royal Academy of Dance, de Londres, além dos títulos de diva da Praça Roosevelt e Musa do Baixo Augusta.
“Ser travesti é resistência”.
