Acompanhando o ritmo do novo semestre na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, o curso de Sonoplastia, coordenado por Raul Teixeira, apresenta novas propostas e desafios, tanto em sua estrutura pedagógica, como nas relações com as outras áreas de atuação teatral.
O conceito para as mudanças baseia-se nas experiências realizadas durante os Módulos anteriores, uma vez que o curso é construído pelas provocações e observações dos formadores e aprendizes em sala de aula. Para o melhor aproveitamento e discussão dos temas propostos, foi desenhado um novo modelo, no qual as etapas – Processo, Experimento e Formação – estão divididas em fases diferentes.
Sobre os temas dos trabalhos a serem realizados no período matutino – Módulo Verde – o coordenador do curso afirma: “Enfocaremos, a partir da peça ‘Bella Ciao’, de Luís Alberto de Abreu, estudos sobre a narratividade, abordando elementos e questões acerca do texto dramático: personagem, representação, diálogo, conflito e problematização do real, utilizando, como forma de expressão, a canção.”
No período vespertino, Módulo Azul, o curso de Sonoplastia se debruça sobre a performatividade, destacando trabalhos específicos propostos pelos cursos de Cenografia e Figurino, Iluminação, Sonoplastia e Técnicas de Palco. O material de estudo inicial será sobre a artista plástica Lucia Koch e as obras do cineasta Peter Greenaway. A ideia é apresentar várias interações sensoriais, que servirão de base para que os outros cursos possam reagir, interferir e transformar o espaço para novos experimentos ao longo do semestre. “Neste Módulo será dada ênfase a questões acerca da figura e da dramaturgia sensorial e não-mimética. Especificamente, o curso de Sonoplastia estudará a música concreta, eletroacústica e eletrônica”, diz o sonoplasta.
Com um semestre repleto de estudos pela frente, o coordenador parabeniza e dá um recado aos novos aprendizes da Escola: “Sejam bem-vindos e venham com os ouvidos afinados, para a escuta atenta de um mundo novo de ideias e sonoridades.”
Texto: Victor Serrano