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InDica | Nova residência na Escola: ‘Flutuações e traduções simultâneas’

Publicado em: 20/06/2014 |

Está para começar a nova residência artística que a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco vai sediar. “Flutuações e traduções simultâneas”, da Cia. O Bando, sob direção artística de Denise Courtouke, acontecerá de 30 de junho a 12 de setembro, com uma série de ações de investigação da criação coreográfica e da improvisação.

 

A residência propõe um território de exploração da criação coreográfica e da improvisação desenvolvido a partir de um treinamento físico e de outras práticas e de uma “lista flutuante” de fotografias, vídeos e materiais teóricos cujo objetivo é pesquisar a relação com o tempo-espaço, evocar a memória sensorial (ossos, músculos e pele), estimulando traduções e releituras simultâneas que fomentem novas criações afetadas pelo contato com o butoh.

 

A premissa básica é que o corpo é um dinâmico ambiente em constante transformação. Os corpos não estão separados do ambiente, eles mudam constantemente através de uma série de processos que ocorrem dentro e fora do corpo.

 

Durante a residência, os artistas compartilharão uma lista-arquivo flutuante de obras de cinema, dança, teatro, documentários, performance, butoh, materiais teóricos que são discutidos com o grupo. A residência contará com a presença da bailarina e coreógrafa australiana Tess de Quincey, como colaboradora que coordenará um workshop sobre Body Weather e participará de uma mesa sobre o mesmo assunto.

 

As ações

A atividade central da residência será desenvolvida nos “Encontros de exploração da criação coreográfica e da improvisação”, coordenados por Denise Courtouké e Marco Xavier. Serão 20 participantes, sendo que 10 dessas vagas estão abertas para interessados que devem se inscrever de 23 a 26 de junho, com envio de breve currículo e carta de intenção para o e-mail [email protected]. A produção entrará em contato. Os encontros acontecerão nas segundas-feiras, das 9h às 13h, e terças-feiras, das 19h às 22h.

 

A residência também prevê uma mesa de discussão com Denise Courtouké e Tess de Quincey, no dia 20 de agosto, em horário a ser definido. O evento será gratuito e aberto ao público, sem necessidade de inscrição.

 

Será promovido, ainda, um workshop de Body Weather, tipo de treinamento cinestésico criado pelo dançarino e coreógrafo Min Tanaka e sua trupe Mai Juku, que oferece uma profunda investigação sobre os limites do corpo em busca de novas possibilidades. A coordenação será de Tess de Quincey, com encontros de 25 a 29 de agosto, com seis horas de duração cada dia (das 14h às 20h). Nos dias 25, 26 e 27, o workshop será fechado com o grupo; já nos dias 28 e 29, o processo será aberto ao público.

 

Finalizando as ações da residência, haverá um compartilhamento de processo no dia 12 de setembro, das 19h às 22, seguida de bate-papo com mediação dos coordenadores Denise Courtouké e Marco Xavier.

 

Denise Courtouké

Iniciou sua trajetória como atriz com o diretor Ulysses Cruz no espetáculo “Os Velhos Marinheiros” do Grupo Boi Voador apresentando-se em diversos estados do Brasil e em festivais de teatro brasileiros e europeus.

 

Foi atriz protagonista dos espetáculos: A Mãe (Núcleo Fábrica São Paulo) projeto contemplado com a Lei de Fomento ao Teatro; Vestir o Pai (direção Ângela Barros) apresentado nos Ceus e nas Satyrianas; participou do espetáculo Rainer Muller em Repertório (Companhia Nova) nos Sescs Pinheiros, Campinas e Copacabana.

 

Foi artista criadora do espetáculo de dança “Divino Impulso” inspirado na obra da escultora Camille Claudel que foi apresentada no Sesc Vila Mariana e na Aliança Francesa com direção musical de Danilo Tomic.

 

Fez colaborações com os artistas: Danilo Tomic, Samir Yasbek, André Mehmari etc. Participou do recital “Noite na Repartição” convidada pelo músico André Mehmari. Coordenou diversos projetos multimídia nos quais também participou como artista, alguns deles: A Terra Desolada e Camille Claudel no Sesc Vila Mariana e mais recentemente “Construindo Mabe com o Corpo” nas diretorias de ensino do interior do Estado de São Paulo.

 

Como solista apresentou-se na Espanha, Alemanha, Inglaterra, Japão. Foi membro da Cia Mai Juku, dirigida pelo coreógrafo japonês Min Tanaka. 

 

Com a Cia Mai Juku atuou: na ópera Joana D‟Arc no Festival Internacional de Matsumoto, ao lado do maestro Seiji Ozawa, do diretor George Wilson, do iluminador Jean Kallman (do espetáculo Mahabharata do diretor Peter Brook); para a NHK, rede de televisão japonesa em Hamlet Machine e no Festival Artcamp nos espetáculos Ancient Women e Ancient Greenland. Foi dirigida por Min Tanaka no solo Let Us break bread together apresentando-se no Plan B em Tóquio.

 

Como educadora do método Estações do Corpo (Body Weather) atuou em diversas instituições no Brasil, entre elas: Fundação Japão, Sesc, Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo etc.

 

Recentemente, foi contemplada pelo Prêmio Funarte Klauss Viana de Dança 2010 e pelo Proac Novas Produções em Dança 2010 pelo espetáculo Mabe Ma dirigido pelo coreógrafo Tadashi Endo que participou do Metrópolis da TV Cultura, do projeto “Plataforma da Dança” 2010 e apresentou-se no Sesc e no Teatro Cacilda Becker.

 

Artista criadora do Bando ao lado do bailarino Alexandre Magno. A partir de 2010 O Bando realiza o intercâmbio Body Weather: uma série de workshops, performances, encontros teóricos e trocas com cias de São Paulo e apoio da Sala Crisantempo e do Arquivo Mariposa. Inaugura o projeto residência “Manual para coisas desimportantes” sobre a obra do poeta Manoel de Barros em colaboração com o dançarino Sherwood Chen (Body Weather/USA). Em 2012 O Bando é contemplado com o Lugarização para a continuidade da pesquisa sobre Manoel de Barros. Em 2013 inicia frutífera parceria com os bailarinos Simone Mello e Marco Xavier e se integra ao projeto Flutuações do butoh em sua décima edição entre Brasil e Peru.

 

Marco Xavier

Ator, dançarino e coreógrafo, músico e preparador corporal, pesquisador da cultura afro-brasileira e do butoh. Foi integrante da Cia. Tamanduá de Dança e Teatro desde sua formação em 1995. Participou de festivais internacionais de artes cênicas, como de Havana, Monique, Kyoto e Koshiro, Sapporo/Hokaido. Trabalhou em „‟Quimera – O Anjo Vai Voando‟‟ obra concebida por Takao Kusuno. Se apresentou no Projeto Tokyiogaqui – Exposição: Ohno 101+Kusuno – Sesc Paulista . Participou do espetáculo TOTEM; dirigido por Emilie Sugai comtemplado pelo Dança em pauta CCBB – Brasília. Em 2005 participou do Espetáculo SOLLOS, dirigido por José Maria Carvalho na Caravana FUNARTE de Circulação Nacional. Em 2003 colaborou no espetáculo ASAS sob a direção de Lara Pinheiro – SESC-Santos. Em 2000 encena o espetáculo‟‟ O Olho do Tamanduá‟‟, sob a direção de Takao Kusuno, no Teatro São Pedro e no SESC Vila Mariana. Em 1998 participa da Mostra de arte brasileira, Brasil Já, em Munique, na Alemanha. Em 1997 viaja a Cuba para participar do Festival Internacional de Teatro de Havana/Cuba. Em 1996 se apresenta no FIT – Festival Internacional de Teatro de Palco e Rua. Em 1996 se apresenta na 5 Mostra de Teatro do Monte Azul, 1996 – Centenário do Tratado de Amizade entre Brasil e Japão.

 

Integrante fundador da Cia. Autofalante, em parceria com Simone Mello. Criador e diretor do espetáculo JARDIM ZEN. Atualmente apresentando seu espetáculo solo “Pequeno Sonho das Folhas Vermelhas”. Em 2010 foi a Lima- Peru a convite do Centro Cultural Peruano Japonês de Lima, para dirigir junto a Simone Mello as apresentações do Projeto „‟Encuentro de Creadores en el Jardin Zen‟‟. Em 2012 recebeu apoio do MINC para retornar ao Peru (Cusco e Lima) e desenvolver o projeto „‟Flutuações do Butoh”. Em 2009 dirigiu a temporada do espetáculo Jardim Zen – Cia Autofalante no Teatro Ágora. Em 2008 apresentou Lucíola – da Cia Panapaná sob a direção de Patrícia Noronha.

 

Em 2002 atuou como ator e músico no espetáculo Os Lusíadas, dirigido por Márcio Aurélio no Teatro Sérgio Cardoso, em cartaz em: – FITEN, Festival Internacional de Teatro da Cidade do Porto – Portugal; – Lisboa, no Centro Cultural de Belém. 2001 – Atuou como ator, dançarino e cantor, espetáculo Os Lusíadas, sob a direção de Yacov Hillel. Em 1993/1992 colabora em Sáfara – Uma Ciranda Para Uma Lua e Meia espetáculo de dança, direção de Denilto Gomes no Centro Cultural São Paulo e Teatro João Caetano; e em 1991 – Dança Coral Origens, direção de Maria Mommenson, Teatro Municipal.

 

Tess de Quincey

Coreógrafa e dançarina que trabalhou extensivamente na Europa, Japão e Austrália como performer, educadora e diretora artística. Foi membro da Cia Mai Juku dirigida por Min Tanaka de 1985 a 1991, seis anos de trabalho que se tornaram a influência mais forte em seu trabalho como performer através da metodologia Body Weather. Em seu trabalho como solista fez tournées extensivas pela Europa, enquanto sua Cia “De Quincey Co” apresenta um repertório interdisciplinar de produções em dança-performance e interações em diferentes espaços. Ela iniciou um intercâmbio a longo termo que se chama “Embrace” entre artistas indianos e australianos e é coordenadora do projeto “Triple Alice” fórum e laboratórios que reúne artistas, cientistas e pensadores em torno e em relação ao deserto central australiano. Sua prática como performer e educadora em diferentes ambientes -da cidade ao deserto- engendrou uma série de trabalhos relacionados com o habitar um espaço e com a natureza dos espaços. Além de seu trabalho de improvisação com músicos e artistas visuais, outra característica são performances interculturais, site-specific e performances que fazem uma reflexão sobre o tempo.

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