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III Encontro de Escolas Técnicas do Espetáculo ao Vivo

Publicado em: 13/10/2011 |

Preocupada com a formação do repertório cultural e técnico de seus aprendizes e com a constante atualização de seu corpo docente, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco viabiliza, com regularidade intercâmbios e parcerias com outras instituições de ensino.

 

Atualmente, a Escola recebe o III Encontro de Escolas Técnicas do Espetáculo ao Vivo, organizado pelo Centro Cultural da Espanha (CCE_SP) e marcado para acontecer entre segunda-feira (17) e sexta-feira (21), no teatro Sérgio Cardoso, no centro de São Paulo.

 

Co-realizada pelo Centro de Tecnologia do Espectáculo de Madrid, na Espanha, este seminário é voltado, exclusivamente, a professores e responsáveis de escolas ou centros de formação com atividades relacionadas à formação de técnicos de espetáculos, como caracterização, construção de cenários, iluminação, maquinaria cênica, produção e gestão, contrarregragem e vestuário.

 

Consolidar uma rede iberoamericana de escolas técnica é o intuito deste evento que busca intercambiar experiências docentes em distintos países.

 

Para mais informações acesse aqui

 

 

A SP Escola de Teatro e o CCE_SP

Desde o início de suas atividades, a SP Escola de Teatro firmou parceria com o Centro Cultural de Espanha (CCE_SP), em São Paulo, trazendo professores e profissionais – hispânicos e latinos – que atuam em cursos pertinentes às artes teatrais para lecionar na Instituição. Em seu primeiro ano de atuação, a Escola ofereceu, como fruto dessa parceria, quatro cursos de Difusão Cultural.

 

“As Melhores Canções de Nossas Vidas”, com o autor, diretor e encenador de teatro espanhol Guillermo Heras, foi o primeiro deles. Realizado no primeiro semestre de 2010, o objetivo do curso era construir jogos de improvisação com base nas músicas que marcaram a memória emotiva de cada participante, para, então, converter a criação individual em material cênico ficcional, utilizando elementos que compõem o espaço cênico como luz, dramaturgia, diálogo, adereços e cenografia.

 

Licenciado na Real Escuela Superior de Arte Dramática de Madrid, Guillermo Heras Toledo foi diretor de cena de mais de 70 espetáculos de teatro, dança e ópera e diretor do Centro Nacional de Nuevas Tendencias Escénicas, da Mostra de Teatro Espanhol de autores contemporâneos e do Programa Iberescena. Recebeu prêmios como o Nacional de Teatro, de 1994, e o Garcia Lorca de Teatro Iberoamericano.
 

 

Na mesma época, participantes dos cursos de Difusão Cultural puderam realizar um curso intensivo com Carlos Céldran, diretor da Companhia Cubana Argos Teatro, propiciado pela parceria da Escola com o CCE e, também, com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. O curso, teórico e prático, buscava participação interativa de todos os alunos em busca do desenvolvimento e da investigação dos princípios da direção de um texto com atores.

 

Graduado em teatrologia e dramaturgia pelo Instituto Superior de Arte de La Habana, Carlos Céldran, é professor de atuação e direção da mesma instituição e recebeu dez prêmios, entre eles: o Caricato e o Gran Premio, no Festival Nacional de Teatro de Camagüey.

 

Já no segundo semestre de 2010, participantes dos cursos de Difusão Cultural puderam entender mais sobre o teatro documental com o “Teatro de Família”, ministrado por Vivi Tellas, uma das mais reconhecidas diretoras do gênero experimental da Argentina.

 

Envolver a família no processo de montagem de uma peça de teatro e, no final, fazer dos familiares os intérpretes do espetáculo foi a proposta do curso. Em seu campo de trabalho, Vivi Tellas busca a teatralidade fora da caixa cênica e extrapola a vivência para outras áreas da cultura. Assim, trabalha a criação teatral baseada em relatos verdadeiros com a história das famílias em um vertente teatral. 

 

Refletir sobre a importância do uso da máscara no teatro como provocadora de emoções foi objetivo do Workshop “Yo Mono Libre”, ministrado por Ricardo Joven, ator que integra o grupo espanhol Teatre del Temple. O curso, também fruto da parceria com o CCE, buscou uma aproximação com o processo de criação do espetáculo homônimo, versão de Ricardo Joven para o texto “Comunicação a uma Academia”, de Franz Kafka, utilizando técnicas de interpretação, como elaboração de maquiagem e caracterização, desenvolvimento de composição corporal, utilização da gestualidade zoomorfa e cacofonias. Além disso, o curso propôs a análise do processo emocional e sua adequação ao uso da máscara a serviço da narrativa cênica.

 

 

Texto: Renata Forato