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Hugo Possolo, coordenador de atuação, encena solo no 30º Festival de Curitiba e fala como a SP o transformou como artista

Publicado em: 31/03/2022 |

Hugo Possolo. Acervo: ADAAP

Hugo Possolo, coordenador de atuação da SP Escola de Teatro, foi destaque em uma coletiva de imprensa na última quarta-feira, 30, no 30º Festival de Curitiba, o mais importante das artes cênicas no Brasil. Integrante e um dos fundadores do Parlapatões, ele está no evento com o grupo para apresentar 3 espetáculos.

Na conversa com a imprensa,  o ator comentou a importância e representatividade da SP Escola de Teatro no ensino das artes do palco e como seu sistema pedagógico o influenciou em seu oficio.

“A Escola me transformou como artista, assim como transformou os outros artistas e coletivos que ajudaram em sua criação e passaram por ela. Nós desenvolvemos uma escola com o objetivo de trazer pessoas da periferia para a formação profissional, que tem como alicerces pautas afirmativas, como uma política antirracista, as questões lgbtqia+ e uma visão feminista de ver o mundo. Essas questões precisam ter voz, espaços e protagonismos, e na SP elas têm”.

Segundo o coordenador, o aprendizado diário na instituição o ajudou na gestão como diretor artístico e geral da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, entre 2019 e 2021. Foi sob sua gestão que Emicida gravou o emblemático e já histórico show “AmarElo – Ao Vivo”, que virou um documentário de sucesso da Netflix.

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“No Municipal, eu dei continuidade ao que foi construído e ensinado na SP Escola de Teatro. A primeira coisa que eu fiz na gestão foi chamar um espetáculo de circo  roteirizado e pensado apenas por artistas pretos. E quando ele estava em cartaz, tinham pessoas pretas que nunca estiveram no Municipal. Foi ai que tivemos esse ponto de virada, essa chave se abriu, e demos o pontapé inicial para essa catarse que foi o Emicida lá.”

Para Possolo, neste centenário da semana de 1922, é importante ressaltar que os expoentes da atual geração da música urbana nacional, como o rapper, são os novos modernistas brasileiros.

“Pensamos quem seriam esses novos modernistas, o que é o modernismo hoje, e é a arte da periferia tomando conta e sendo protagonista. E aí chamar o Emicida e o Criolo para fazerem show no Municipal era muito importante. Como eu já tinha esse contato com eles, a gente planejou isso e ficou lindo”.

Confira a entrevista na íntegra aqui:

 

Parlapatões no 30º Festival de Curitiba

Nos dias 29 e 30 de março, Hugo Possolo se apresentou no palco do Teatro Sesc da Esquina o espetáculo Prego na Testa, um solo baseado na obra do dramaturgo Eric Bogosian que expõe ao ridículo a neurose urbana. Assim, o ator vive sete personagens de características bem diferentes – como o mendigo que se considera dono de um vagão de metrô e um rapaz apaixonado pela nova churrasqueira.

Em seguida, nesta quinta (31) e sexta (1º de abril), o grupo encena [email protected], a versão brasileira da peça The Complet Works of William Shakespeare (Abridged, um paródia das peças do bardo inglês escrita por Adam Long, Daniel Singer e Jess Winfield.

Por fim, nos dias 2 e 3 de abril, a montagem  “Parlapatões revistam Angeli”, um dos sucessos do grupo há anos, apresenta os principais personagens do cartunista ao público.

Texto: Luiza Camargo

Apuração: Miguel Arcanjo Prado

 




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