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Estreia HOJE! Divina Valéria recebe Patricia Pillar, Leandra Leal e convidades em show histórico

Publicado em: 23/08/2021 |

Divina Valéria/ Foto: Edson Lopes Jr.

Estreia nesta segunda-feira, 23, o espetáculo Divina Valéria, que celebra a carreira de quase 60 anos da cantora, uma  das artistas LBGTQIA+ mais importantes do Brasil.

O show, que tem um repertório de clássicos da música brasileira e internacional, tem a participação de vários artistas, entre eles Leandra Leal, Patrícia Pillar, Cléo De Paris, Maria Clara Spinelli, Sérgio Guize entre outros.

O espetáculo acontece até 8 de setembro sempre às segundas, terças e quartas-feiras, ás 20h, na SP Escola de Teatro Digital; confira abaixo todas as informações do projeto!

Divina Valéria: quase 6 décadas de carreira

Divina Valéria é uma das mais importantes artistas LGBTQIA+ da história do Brasil. Aos 78 anos, a estrela, que já foi pintada por Di Cavalcanti e estrelou o filme Divinas Divas, celebra quase 6 décadas de carreira no espetáculo digital Divina Valéria.

Com participações especiais de Leandra Leal, Patrícia Pillar, Maria Clara Spinelli, Cléo De Páris, Dominique Brand, Julia Bobrow, Nicole Puzzi, Márcia Dailyn, Sérgio Guizé , Thiago Mendonça, Andre Lu e Gustavo Ferreira, a obra cumpre temporada na SP Escola de Teatro Digital, entre 23 de agosto e 8 de setembro, de segunda a quarta, às 20h, com ingressos pela Sympla.

Ivam Cabral, diretor executivo da Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça) e da SP Escola de Teatro, instituição ligada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, assina a direção artística do projeto que conta com roteiro de Os Albertos (Alberto de Oliveira e Alberto Camarero) e o piano de Carlos Blauth. O repertório navega por clássicos de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Édith Piaf, entre outros.

Ivam Cabral reforça a importância de valorizar o peso histórico de uma artista como Divina Valéria, que antecipou discussões e temáticas que hoje pautam a sociedade brasileira. “Queremos abraçar a Divina Valéria nesse momento complexo e difícil vivido no Brasil, país que vive crise sanitária, política e de desrespeito aos direitos humanos. Mais de meio século atrás, Valéria foi pioneira na visibilidade da população LGBTQIA+, que ainda hoje sofre com o preconceito, a violência e a vulnerabilidade, agravada pela pandemia de Covid-19”, pontua.

Para Cabral, diretor artístico do espetáculo, “este show é um agradecimento por tudo o que ela fez em sua trajetória, uma celebração a essa artista fundamental e pioneira”, define. Ele conta que o clima do projeto é alto astral. “Nosso objetivo é deixar a vida do público, e principalmente da Divina Valéria, um pouco mais divertida e esperançosa em tempos tão cinzentos”, comenta. O diretor ressalta que toda a renda do projeto será destinada para Valéria. Toda a equipe, entre produção e colaboradores, trabalham de forma voluntária para dar visibilidade à artista e não recebem cachê. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Adaap, SP Escola de Teatro e Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura da Cidade de São Paulo.

Artista memorável

Da era de travestis lendárias que enfrentaram a perseguição da ditadura militar com muita garra, coragem, arte e talento nos palcos, Divina Valéria conquistou lugar de respeito junto às Divinas Divas, cuja história foi registrada no aclamado documentário de Leandra Leal. Cantora virtuosa, já se apresentou internacionalmente na França, Japão, Argentina e Uruguai, entre outros lugares do mundo onde mantém séquito de fãs. Desde quando surgiu em 1964 no Les Girls ao lado de Rogéria, transformou-se em uma lenda dos tablados, sempre com sua voz precisa e aveludada, além de marcante interpretação. Em 2020, viveu momento icônico no espetáculo Divinas Divas, no Theatro Municipal de São Paulo, ao lado das veteranas Jane Di Castro, Eloína dos Leopardos, Camille K. e as da geração seguinte, Divina Nubia e Marcia Dailyn.

O roteirista e escritor Alberto de Oliveira, que assina o roteiro do show com Alberto Camarero, com o qual forma a dupla Os Albertos, também responsável pela biografia da artista a ser lançada até o fim do ano, define a importância da artista.

“Divina Valéria já estrelou espetáculos marcantes em algumas das principais metrópoles do mundo, interpretando canções e personagens. Fez história nos palcos de teatros e casas noturnas e também na televisão e no cinema. E agora conquistará um novo território: o digital. Colaborar com o primeiro show on-line de Valéria é ter a certeza de fazer parte de mais um momento histórico de sua carreira artística. Em quase seis décadas de atuação, Valéria enfrentou tabus e preconceitos e abriu caminhos para várias gerações de artistas trans. A iniciativa de promover essa apresentação é um reconhecimento precioso da importância de seu trabalho pioneiro”, comenta Oliveira.

Serviço:

DIVINA VALÉRIA
Realização Adaap, SP Escola de Teatro e Secretaria de Cultura da Prefeitura da Cidade de São Paulo
Quando: 23, 24, 25, 30 e 31/08 e 01, 06, 07 e 08/09 – Segundas, terças e quartas, às 20h. Estreia dia 23 de agosto.
Onde: SP Escola de Teatro Digital na Sympla
Quanto: Grátis, com contribuição voluntária do público à artista.
Classificação etária: 12 anos.

Ficha técnica:
Elenco: Divina Valéria: Cantora/Intérprete | Carlos Blauth: Piano | Direção Artística: Ivam Cabral | Direção de Fotografia e Montagem: Henrique Mello | Produção Executiva: Dione Leal | Roteiro: Os Albertos (Alberto de Oliveira e Alberto Camarero) | Participações especiais: Leandra Leal, Patrícia Pillar, Sergio Guizé , Thiago Mendonça, Andre Lu, Cléo De Páris, Dominique Brand, Gustavo Ferreira, Julia Bobrow, Marcia Dailyn, Maria Clara Spinelli e Nicole Puzzi (em vídeo) | Fotografia: Edson Lopes Jr. | Assessoria de Imprensa: Leandro Lel Lima e Luiza Camargo | Agradecimentos: Divina Nubia, Elen Londero, Marcia Dailyn, Gustavo Ferreira, Joaquim Gama, Marcio Aquiles, Miguel Arcanjo Prado e Rodrigo Barros.

Repertório:
1. Brigas (Evaldo Gouveia e Jair Amorim)
2. Camarim (Cartola e Hermínio Bello de Carvalho)
3. Êta Dor de Cotovelo (Lúcio Cardim)
4. Falando Sério (Mauricio Duboc e Carlos Colla)
5. Super-Homem, A Canção (Gilberto Gil)
6. Escândalo (Caetano Veloso)
7. Hino ao Amor – Hymne à l’Amour (Édith Piaf e Marguerite Monnot, versão: Odair Marzano)
8. La Belle Vie (Sacha Distel)
9. Meiga Presença (Paulo Valdez e Otávio de Moraes)
10. A Mi Manera – Comme d’Habitude (Claude François, Gilles Thibaut e Jacques Revaux, versão: Augusto Algueró)




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