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Encene Essa Música

Publicado em: 07/05/2013 |

Já percebeu que algumas músicas são como verdadeiras peças de teatro? Muitas têm o enredo inteiro, um prato cheio pra algum dramaturgista de plantão adaptá-las para os palcos ou para as telas. Exemplos não faltam. Para a geração na faixa dos 40 anos, a memória, certamente, vai puxar pela canção “Faroeste Caboclo”, hit da banda Legião Urbana, composta em 1979, mas gravada em 1987. A saga de João de Santo Cristo foi tão bem costurada na letra de Renato Russo, que até virou filme, com estreia prevista para o próximo dia 30.

Aliás, Renato Russo era bom na dramaturgia. Em alguns minutos, ele conseguia contar toda a história de amor de um casal com a divertida e romântica “Eduardo e Mônica”.

Os mais crescidinhos, digamos assim, dirão, em coro: “E ‘Geni e o Zepelim’, de Chico Buarque?”. Aqui, a história da prostituta Geni, a única com poder de salvar da destruição toda uma cidade, formada por uma sociedade hipócrita. De maldita, Geni passa a bendita em questão de refrãos. É de Chico também a dramática “Construção”, sobre o último dia da vida de um operário da construção civil. Assista aqui a um vídeo de Chico Buarque, ao lado de Fernanda Montenegro, interpretando a canção.

Para os pacifistas, fica fácil pensar na história da canção “Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones”, gravada originalmente pelo grupo Os Incríveis, em 1967 e que, em 1990, voltou a fazer sucesso com os Engenheiros do Hawaii.

Da chamada música sertaneja de raiz, “Menino da Porteira”, de Tedy Vieira, clássico do gênero, virou filme, ou melhor, filmes. O original, de 1976, dirigido por Jeremias Moreira Filho, traz em seu elenco Sérgio Reis e Jofre Soares. Já o remake, de 2009, é estrelado pelo cantor Daniel e conta com Rosi Campos e José de Abreu no casting.

Assim, da próxima vez que ouvir uma música, abra bem os ouvidos. Ela pode trazer uma boa história também…

 

 

Texto: Majô Levenstein