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Egressa da SP Escola de Teatro vence concurso de jovens dramaturgos

Publicado em: 20/09/2019 |

A dramaturga Saori Tanno, egressa da SP Escola de Teatro. Foto: Reprodução/Facebook

A dramaturga Saori Tanno, egressa da SP Escola de Teatro, é uma das vencedoras da 9ª edição do Concurso Jovens Dramaturgos, realizado pelo Espaço Cultural Escola Sesc, do Rio de Janeiro. Saori ganhou o prêmio com o texto da peça “Isso Vai te Ferir, Mas Isso não Vai te Matar”, desenvolvido ainda durante sua formação na SP Escola de Teatro.

Saori concorreu com outras 152 pessoas de 21 estados brasileiros. Além dela, venceram também “Amor ou um monstro”, de Fernanda Rocha, “Clock”, de João Rosa, “Estocolmo”, de Kevin Balieiro, e “Peixe Vivo”, de Moisés Mendoza Baião. A premiação inclui uma residência artística no período de 2 a 6 de dezembro, no Espaço Cultural Escola Sesc, e a publicação dos textos em um livro com tiragem inicial de 700 exemplares. O projeto também prevê um evento de lançamento com a realização de leituras encenadas em 2020.

“Isso Vai te Ferir, Mas Isso não Vai te Matar” propõe uma reflexão sobre “como a violência é normalizada nos ambientes familiares e endossada pela sociedade, colocada acima do bem-estar dos indivíduos, apenas para perpetuar um conceito tradicional dessa ‘instituição’, reproduzindo modelos gastos e influenciando nossas vivências enquanto seres, ou seja, é uma questão que parece mais privada, porém que é pública”, explica Saori Tanno.

Segundo a dramaturga, “a forma que as pessoas se organizam e perpetuam imaginários rasos e maniqueístas, principalmente quando se trata de crimes sexuais contra crianças, faz com que criemos ‘monstros’, personificações do ‘mal’, que nos eximem da responsabilidade como sociedade”. Ainda para ela, “muitas vezes alimentamos os aparatos de preconceitos e discursos de ódio ou simplesmente não nos posicionamos frente a essas violências cotidianas”.

Esse é o primeiro prêmio que Saori vence, e por isso tem para a artista um valor simbólico. “Ainda sou muito diletante na criação artística, questiono a mim mesma o tempo todo, e ter uma obra materializada em tinta e papel, me faz tocar o real.”

Egressa da SP Escola de Teatro, ela diz que “todas as bases do que é dramaturgia, do que é um grupo de teatro, eu fui descobrindo” na Instituição, seu primeiro contato com o teatro. “Mas acho que meu maior ganho foi como ser, é uma vivência muito intensa, você aprende não só com os professores, mas também com os funcionários e outros aprendizes. As discussões em sala, o processo de criação em núcleo, os conflitos, as pesquisas, o contato humano, tecem a experiência do teatro.”




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