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Eduardo Tolentino Realiza Palestra para Aprendizes

Publicado em: 25/02/2011 |

Convidados para um colóquio com o diretor Eduardo Tolentino de Araújo, no teatro Anhembi Morumbi, sábado (26), às 9h, aprendizes do período vespertino da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco começarão seus estudos no Módulo Verde, baseado na obra da obra de Anton Tchecov e com o Eixo Temático composto por elementos do Realismo.
 

Tolentino é um dos fundadores do Grupo TAPA, que investiga os processos de criação por meio de pesquisa e análise e desenvolve um trabalho rigoroso voltado para o Realismo. “Escolhemos iniciar esses estudos com um panorama da trajetória e trabalho de Tolentino, pois ele tem trabalhado e manipulado as questões relacionados ao Eixo Temático do Módulo Verde em seus projetos”, revela Joaquim Gama, coordenador pedagógico da SP Escola de Teatro.
 

Fundado no ano de 1979, na cidade do Rio de Janeiro, o grupo TAPA estreiou com o infantil “Apenas um Conto de Fadas”, de autoria de Tolentino. Na sequência, os espetáculos “Uma Peça por Outra”, de Jean Tardieu, em 1980; “O Anel e a Rosa”, de William Makepeace Thackeray, em 1981; e “Trágico Acidente Destronou Tereza”, de José Wilker, em 1982, dão continuidade à trajetória do encenador e de sua equipe.
 

Em 1985, o TAPA inicia projeto de encenações de textos assinados por grandes autores nacionais como “O Noviço”, de Martins Pena; “Caiu o Ministério”, de França Jr.; e “A Casa de Orates”, de Artur Azevedo. No ano seguinte, o grupo se transfere do Rio de Janeiro para São Paulo, ocupando, como sede, o Teatro Aliança Francesa, no qual foram montadas peças como “A Mandrágora”, de Maquiavel, e “Solness, o Construtor”, de Henrik Ibsen, entre outras.
 

Já, em 2001, o TAPA interpreta “Os Órfãos de Jânio”, de Millôr Fernandes, e envereda pela pesquisa da dramaturgia mundial com a montagem dos espetáculos “Major Bárbara”, de Bernard Shaw e “A Importância de Ser Fiel”, de Oscar Wilde. No mesmo ano, encena “Executivos”, texto do ator, encenador e dramaturgo contemporâneo francês Daniel Besse.  Em 2003, em parceria com Nathália Timberg, revisita “Melanie Klein”, de Nicholas Wright, montagem do próprio Tolentino realizada 10 anos antes.
 

“Talvez ele seja uma das pessoas mais bem informadas e sensíveis que conheço na área teatral”, conta Chiquinho Medeiros, coordenador do Curso de Atuação. “Ele é um artista inquieto e que abdica da radicalidade, além disso, representa um coletivo que sobrevive, há mais de 20 anos, com a manutenção de um rigor estético aliado a um imenso talento reconhecido por todos. Basta olhar o panorama dos seus trabalhos”, conclui.
 

O encontro, gratuito e aberto ao público, está marcado para sábado (26), às 9h, no teatro Anhembi Morumbi, situado na zona leste da capital paulista. No site do teatro é possível encontrar o modo de chegar até o local, além de outras informações referentes à programação em cartaz.