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Eduardo Tolentino e a “Luz no Drama”

Publicado em: 08/03/2013 |

O diretor Eduardo Tolentino falará, neste sábado (9), sobre o tema “Luz no Drama”, aos aprendizes do curso de Iluminação da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Fundador do Grupo Tapa (Teatro Amador Produções Artísticas), ele comandará o bate-papo das 14h30 às 18h30, na Sede Roosevelt da Instituição.

E, embora sua especialidade seja a direção cênica, Tolentino falará sobre como o uso da luz pode, muitas vezes, ser fundamental na criação do processo dramático de uma montagem. O encontro é fechado aos aprendizes da Escola.

Sobre o Convidado:
Eduardo Tolentino fundou, em 1979, na cidade do Rio de Janeiro, o Grupo Tapa, que estreou com o infantil “Apenas um Conto de Fadas”, de autoria do próprio diretor. Na sequência, vieram os espetáculos “Uma Peça por Outra”, de Jean Tardieu, em 1980; “O Anel e a Rosa”, de William Makepeace Thackeray, em 1981, e “Trágico Acidente Destronou Tereza”, de José Wilker, em 1982. Todos deram continuidade à trajetória do encenador e de sua equipe.

Em 1983, seus espetáculos ganham mais solidez, como em “Viúva, porém Honesta”, de Nelson Rodrigues, e “Pinóquio”, de Carlo Collodi, em 1984. Em 1985, com “O Tempo e os Conways”, de J. B. Priestley, firma-se como diretor e, no ano seguinte (1986) transfere-se com o Tapa para São Paulo, onde ocupam o Teatro da Aliança Francesa, que passa a ser a sede do grupo. No espaço da Rua General Jardim, Tolentino apresenta “A Mandrágora”, de Maquiavel, e “Solness, o Construtor”, de Henrik Ibsen, “Sr. de Porqueiral”, de Molière, e “Nossa Cidade”, de Thornton Wilder, entre outros.

Em 1990, dirige “As Raposas do Café”, de Celso Luiz Paulini e Antônio Bivar. No ano seguinte, monta sua versão para “A Megera Domada”, de William Shakespeare. E, em 1992, vai do poético cabaré sobre poemas e canções de Jacques Prévert em “As Portas da Noite” à acidez de Plínio Marcos, em “Querô, uma Reportagem Maldita”.

De meados ao final dos anos 90, dirige uma série de textos de autores nacionais, como “Vestido de Noiva” e “A Serpente”, de Nelson Rodrigues; “Corpo a Corpo” e “Moço em Estado de Sítio”, de Oduvaldo Vianna Filho; “Do Fundo do Lago Escuro”, de Domingos de Oliveira e “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos. Nos anos 2000, dirige “Os Órfãos de Jânio”, de Millôr Fernandes, e dedica-se aos autores irlandeses, em “Major Bárbara”, de Bernard Shaw, 2001, e “A Importância de Ser Fiel”, de Oscar Wilde. Em 2002, dirige “Executivos”, texto do ator, encenador e dramaturgo contemporâneo francês Daniel Besse.

Em 2010, dirige, no Rio de Janeiro, “Recordar é Viver”, de Hélio Sussekind e, em São Paulo, “Doze Homens e uma Sentença”, de Reginald Rose, sucesso do cinema nos anos 50, que teve sua versão brasileira premiada com o APCA de melhor espetáculo e duas indicações ao Prêmio Shell. 

Em 2011, o Grupo Tapa publicou o primeiro volume das traduções de peças curtas de Tennessse Williams. A trupe foi indicada, novamente, ao prêmio Shell, por sua dedicação à manutenção do teatro de repertório, com destaque para as Mostras de Verão do Grupo Tapa. Tudo, claro, sob a batuta de Tolentino.

Serviço
Palestra: “Luz no Drama”, com Eduardo Tolentino
Quando: Sábado (9), das 14h30 às 18h30
Onde: SP Escola de Teatro – Sede Roosevelt
Praça Roosevelt, 210 – Consolação
Tel. (11) 3775-8600
Evento exclusivo aos aprendizes da Escola

 

Texto: Giovanna Offer