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Dos Games Para os Palcos

Publicado em: 21/05/2013 |

Será que dá “samba” misturar game com teatro? Para o pessoal da peça “Incubadora – Versão Final”, que no início deste ano cumpriu temporada no espaço Caçamba Cultural, na capital paulista, a fusão dá certo, sim.
 
Como na montagem “Hipóteses para o Amor e a Verdade”, encenada pela Cia. de Teatro Os Satyros, “Incubadora – Versão Final” é uma espécie de espetáculo-jogo, que pede a interação da plateia. Como? Por meio de seus aparelhos celulares e uma rede wi-fi. Com esses aparatos, eles podem estimular ou reprimir o comportamento das personagens em cena.
 
Na história, criada pelo também diretor Ivan Andrade, a tal Incubadora do título é um simulador de sociedade habitado por P1, que representa a ciência; P2, a arte, e P3, a religião. Durante a convivência entre os três, surgem divergências e há revolta. E é aí que entra em ação a plateia interativa, que vai definir o Placar de Felicidade dessa comunidade em conflito. Não se enganou quem encontrou, neste enredo, muito dos games de simulação, como a série The Sims.
 
Mais: outra prova de que a adaptação de um jogo para os palcos é possível vem do produtor de games Jonathan Knight, que transformou o clássico “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, em um jogo de videogame, O Inferno de Dante (Dante’s Inferno). Ele revelou que está pensando em adaptar “Macbeth”, de Shakespeare, para o mundo dos jogos. Tal interesse se deve à atmosfera sombria que envolve a trama, onde existem bruxas e uma experiência sobrenatural ao longo da história, com intrigas e assassinatos. Os teatro/gamemaníacos agradecem.







 

Texto: Majô Levenstein