A Cia. São Jorge de Variedades traz de volta à cena o espetáculo “Festa dos Bárbaros” para comemorar os seus 25 anos de estrada. Com direção de um trio de mulheres – Georgette Fadel, Patrícia Gifford e Paula Klein Flecha Dourada – a montagem sobre a Jurema Sagrada e a luta dos povos originários apresenta um coro, entre atores e músicos, de 24 artistas, que realizam junto ao público uma grande festa.
O espetáculo conta com Matheus Góis, estudante de Direção da SP Escola de Teatro.
As apresentações acontecem de 18 a 20 de outubro, na Funarte, em São Paulo.
Ancestralidade, tempo mítico, luta, cultura e sabedoria dos povos originários e afro-ameríndios do território brasileiro integram a pesquisa da Cia. São Jorge de Variedades para a criação do espetáculo. Contemplado pela 42ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo da Secretaria Municipal de Cultura, o espetáculo se estrutura a partir dos estudos sobre A Revolta dos Bárbaros (guerra que durou mais de 70 anos e que envolveu diversas etnias indígenas em confronto com os colonizadores no sertão nordestino brasileiro) e a Cosmologia da Jurema Sagrada (árvore da caatinga do nordeste que para diversos povos indígenas é guardiã de cultura e ciência, em rituais de cura e conexão com a ancestralidade).
A peça acompanha a história da fuga de um casal, cujo homem é acusado de assassinar um policial. Na fuga, o casal faz uma peregrinação pela cidade até encontrar uma região de mata, onde se depara com Malunguinho, uma entidade sagrada dos terreiros de Jurema, que caminha por três mundos. A partir de então, o casal é apresentado aos aspectos sagrados, profanos, culturais e identitários da Jurema em celebração com o público e o cruzamento com a geografia local.
A música é um dos pilares dramatúrgicos e parte fundamental da encenação. A pesquisa realizada pelos integrantes da Cia. São Jorge de Variedades ao tema da Jurema, encontrou uma infinidade de canções, cantadas nos cultos e presentes na cultura popular, que farão parte do espetáculo. A pesquisa musical também contempla a aproximação com a música indígena e afro-brasileira, o uso do maracá como instrumento, além da criação de novas composições, já que grande parte das canções será cantada em coro.
150 minutos | Livre | Gratuito.
Idealização e Coordenação Geral do Projeto – Patrícia Gifford e Paula Klien Flecha
Dourada. Direção – Georgette Fadel, Patrícia Gifford, Paula Klein Flecha Dourada.
Direção Musical – Lincoln Antonio. Dramaturgia – Antonia Mattos com a colaboração de
todos os Artistas Criadores. Artistas Criadores – Alexandre Krug, Antonia Mattos, Carlota
Joaquina, Darcio Oliveira, Dedê Ferreira, Eugenia Cecchini, Fagundes Emanuel, Fernanda
Machado, Georgette Fadel, Girlei Miranda, Giullya Nahirniak, Iraci Estrela, Jonathan
Silva, Karen Menatti, Laruama Alves, Laura Lufési, Lincoln Antonio, Luís Mármora,
Marcelo Reis, Patrícia Gifford, Paula Klein Flecha Dourada, Ronny Abreu, Sarah Lessa,
Valmir Sant’Anna e Zi Arrais. Baixistas – Renata Amaral e Ricardo Zoyo. Assistência de
Direção – Sarah Lessa. Repertório de Músicas da Tradição da Jurema – Associação
Cultural Morro da Crioula. Composições Originais – Artistas Criadores do Projeto.
Cenografia e Figurinos – Rafael Bicudo. Assistência de Figurino – Érika Grizendi.
Costureira – Lili Santa Rosa. Cenotecnia – Katiana Aleixo. Iluminação Cênica – Dede
Ferreira. Técnico de Som – Duda Gomes e JP Hecht. Assistente de Som – Pedro Henrique
Carneiro. Equipe Técnica de Operação – Clara Araújo, Guira Bara, Katiana Aleixo,
Matheus Góis, Mateus Rodrigues e Renan Vilela. Identidade Visual – Fernando Sato.
Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Coordenação de Produção e
Produção Executiva – Laura La Padula.