Milhares de quilômetros de mar não foram capazes de calar a cultura dos escravos, trazidos da África para o Brasil, desde a colonização dessas terras. Essa foi a força que motivou a criação do espetáculo “Calungá – o Mar que Separa É o Mar que Une”, com os alunos do Grupo de Referência do Projeto Guri de Sorocaba e participação especial do percussionista Naná Vasconcelos. O espetáculo cênico será apresentado amanhã (13), no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo.
Acompanhados por Vasconcelos, os jovens que integram o projeto vão entoar canções ancestrais, composições de autoria do músico e releituras inéditas de músicas do álbum “Cantos dos Escravos”, lançado em 1982, com cantigas interpretadas por Clementina de Jesus, Geraldo Filme e Tia Doca.
Com direção artística de Chico Santana, direção cênica de Reinaldo Soares, identidade visual e vídeo-cenário da BijaRi e figurino de Adriana Vaz (que também é artista residente do curso de Cenografia e Figurino da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco), este é o primeiro espetáculo cênico do Projeto Guri.
O Guri é considerado o maior programa sociocultural do Brasil, com mais de 51 mil alunos espalhados pelo Estado de São Paulo. Principal ação da Associação Amigos do Projeto Guri, o Projeto oferece cursos de iniciação e teoria musical, coral e instrumentos de cordas, madeiras, sopro e percussão. Já os grupos de Referência são compostos pelos alunos de destaque dos municípios, escolhidos por processo seletivo anual. A turma de Sorocaba conta com 37 jovens e uma formação de percussão e coro.
Serviço
“Calungá – o Mar que Separa É o Mar que Une”
Quando: Sexta-feira, dia 13 de julho, às 21h
Onde: Auditório do Ibirapuera – Parque Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral, S/N
Ingressos: R$ 20
Texto: Felipe Del