“Será que vamos conseguir entrar?” era uma das frases que mais se ouvia, ontem (8), na sede da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, das pessoas que vieram conferir as aberturas dos processos de trabalho do Experimento do Módulo Amarelo, que têm continuidade hoje (9), sexta-feira (11) e sábado (12).
Os corredores da Escola estavam tomados por aprendizes e público externo, que faziam fila para assistir a cada apresentação. O Grupo 7, segundo do dia a se apresentar, preparava cenário e ensaiava uma última vez antes de mostrar ao público seu experimento.
Integrantes do Grupo 7 em cena na apresentação do Experimento do Módulo Amarelo (Foto: Renata Forato)
Batizado de “a7co” por seus integrantes, o núcleo concebeu um cenário que lembrava um museu, pelo qual os atores passeavam como se estivessem apreciando obras de arte. Os quadros sem telas remetiam à sinopse da apresentação: “Para além da aparência, uma exposição de arte revela as contradições íntimas de um povo que deseja reconhecer-se e se depara com a tormenta das relações humanas.”
Em certo momento da cena, pessoas em um barco tentam traçar uma rota para chegar ao território brasileiro. Após certo tempo “navegando”, são surpreendidos por uma grande tempestade. Congelada, a imagem se parece com a de um quadro. Uma história começa a ser contada por Carlos Henrique Godoy, aprendiz de Dramaturgia. Assim que a história de Godoy termina, todos descem do barco e voltam a perambular pela sala, analisando as pessoas presentes e os quadros vazios, que deveriam – na teoria – retratar a realidade da época (1808), aquela que é contada a todos os brasileiros nos primeiros anos de escola.
A apresentação do “a7co” foi muito elogiada por todos que a assistiram. A aprendiz de Atuação Juliana Spadot, por exemplo, destacou especialmente a cenografia. Já Lucas França, também de Atuação, fez um apanhado geral e falou do todo. “O resultado foi positivo. Eu fiquei muito incomodado em ficar ali, de pé, sendo observado pelos atores. Como essa era a proposta do grupo, digo que deu certo”, conclui.
