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Aqui se Fala Português

Publicado em: 10/09/2012 |

Quiz rápido: O que Moçambique, Portugal, Brasil e Timor-Leste têm em comum? Acertou quem respondeu o idioma. Sim. Todos esses países falam a língua de Camões. Tendo isso como mote, o novíssimo Teatro da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas) apresenta, durante toda esta semana, montagens teatrais de Portugal, Brasil, Timor-Leste e Moçambique, na Mostra de Teatro Português. As sessões são gratuitas. Depois das apresentações, haverá bate-papo do público com os membros das companhias.

A programação reúne comédias, tragédias e dramas que são sucessos das companhias em seus países.  O Brasil será representado pelo grupo Contadores de Mentiras, com a peça “Curra – Temperos Sobre Medeia”. De Portugal, desembarcam aqui “E a Cabeça Tem de Ficar?”,  com a companhia  Chão de Oliva, de Sintra; o grupo Peripécia Teatro, de Macedo de Cavaleiros, com “Vincent Van e Gogh”, além da encenação do texto de Plínio Marcos, “O Abajur Lilás”, com a trupe Escola da Noite, de Coimbra, que abriu a programação, no sábado (8). Do Timor-Leste há a montagem “Lisan Timor (Costumes Timor)”, com a companhia Bibi Bulak. Já “Cinzas Sobre as Mãos”, com o grupo Lareira, vem de Moçambique.

“Esse é o encontro das colaborações de grupos de línguas portuguesas. Um intercâmbio que impulsiona o mercado, que promove conhecimento. Um traço de experiências que evidencia as diferenças e igualdades de povos que têm os mesmos ancestrais. Teatro, não importa o local, é universal. As apresentações ampliam o leque de todos os envolvidos”, diz a coordenadora geral do projeto, Creusa Borges.

Confira a programação da Mostra de Teatro Português:

“Lisan Timor (Costumes Timor)”
Quando: Hoje (10), às 21h
Grupo: Bibi Bulak – Timor-Leste
Sinopse: A montagem apresenta costumes e crenças do Timor-Leste, com o objetivo de promover e  fortalecer a cultura como identidade nacional. É um teatro abstrato, físico e poético.
Direção: Almeida Ganefabra de Jesus Pinto. Elenco: Maria Madalena, Feliciano Corbafo Guterres, João Tadeu Ximenes, Silvano Rodrigues Xavier, Mariazela e Fatima Xavier.  Duração: 45 minutos. Classificação: 12 anos.

“E a Cabeça Tem de Ficar?”
Quando: Terça-feira (11), às 21h
Grupo: Chão de Oliva – Sintra, Portugal
Sinopse: Inspirada no comediante Karl Valentin, uma das maiores influências de Bertold Brecht. O espetáculo traz cenas cômicas com o som de palavras, improviso, objetos cênicos, um tipo de interpretação que preza a interação com o público.
Direção: João de Mello Alvim. Direção de Produção: Nuno Correia Pinto. Dramaturgia: Manuel Sanches. Investigação e organização documental: Carla Dias. Cenografia: Companhia de Teatro de Sintra. Figurinos: Companhia de Teatro de Sintra. Duração: 65 minutos. Classificação: 12 anos.

“Cinzas Sobre as Mãos”
Quando: Quarta-feira (12), às 21h
Grupo: Lareira – Moçambique, África.
Sinopse: Trata-se de uma tragédia contemporânea. Durante a guerra, dois coveiros têm a função de queimar cadáveres, mas a fumaça os irrita a cada trabalho. Quando resolvem fazer uma greve por melhores condições, surge entre os mortos uma sobrevivente, que mudará a vida da dupla.
Elenco: Lucrécia Noronha, Violeta Mbilane e Diaz Santana. Dramaturgia: Laurent Gaudé. Direção e figurinos: Elliot Alex. Coreografia: Rosa Mário. Luz: Caldino José. Som: Nelson. Cenografia: Elliot Alex e Nelson. Apoios: Grupo de Teatro Luarte/ Centro Cultural Franco Moçambicano. Duração: 60 minutos. Classificação: 10 anos.

“Vincent, Van e Gogh”
Quando: Quinta-feira (13), às 21h
Grupo: Peripécia Teatro – Macedo de Cavaleiros, Portugal.
Vincent, Van e Gogh são três dos personagens que dividem um espaço com pincéis, telas, chapéus e cavaletes. Por meio da relação e o jogo desses personagens, emergem em cena figuras e situações que marcaram a vida e a obra de Van Gogh. Um espetáculo visualmente poético, com algumas das mais emblemáticas obras do pintor. A narrativa não é linear e mescla ambientes de delírio, de inquietude e de desconcerto, um passeio da comédia ao drama.
Direção: José Carlos Garcia. Elenco: Sérgio Agostinho, Noelia Domínguez e Angel Frágua. Iluminação: Paulo Neto. Figurinos e adereços: Peripécia Teatro. Design Gráfico e Fotografias: Paulo Araujo. Operação de Luz: Paulo Neto / Eurico Alves. Duração: 70 minutos. Classificação: 12 anos. 

“Curra – Temperos Sobre Medeia”
Quando: Domingo (16), às 19h
Grupo: Contadores de Mentiras – São Paulo, Brasil
O espetáculo é uma confraternização ritualística, fruto de pesquisas das culturas orientais e africanas, onde a fonte é o corpo e suas energias. Durante a peça, é servido um banquete e o público é convidado a experimentações gustativas, por meio do paladar e do olfato. Os atores não possuem cenas definidas. A trama restabelece o mito clássico transformando a tragédia em um ritual de celebração.
Direção e dramaturgia: Cleiton Pereira. Elenco: Ailton Barros, Cleiton Pereira, Daniele Santana, Drico de Oliveira, Camila Rafael. Atores Pajens Cozinheiros: Ailton Ferreira e Soraia Amorim. Figurinos: Ailton Barros. Concepção de Arte: Contadores de Mentira. Direção e Composição Musical: Meyson e Juá de Casa Forte. Musicista convidada: Raíssa Amorim. Designer Gráfico: Daniele Santana. Iluminação: Taciano L. Holanda.

Serviço
Teatro da APCD
Rua Voluntários da Pátria, 547 – Santana (a 100 metros do metrô Tietê)
Tel.: (11) 2223-2424
Ingressos: Grátis (Limite de dois ingressos por pessoa)
 

 

Texto: Majô Levenstein