O ator Elias Gleizer nasceu na cidade de São Paulo, em 4 de janeiro de 1934, filho de imigrantes judeus poloneses. Começou a tocar violino aos 8 anos de idade. Aos 12 anos, já estava tocando numa orquestra juvenil amadora. O jovem ensaiava no Instituto Cultural Israelita quando foi convidado pelo diretor para participar de uma peça teatral. Foi com a intenção de experimentar, mas acabou gostando. Entre um papel e outro, em 1956, foi protagonista e ganha o prêmio de um festival de teatro amador.
Em 1959, foi trabalhar na TV Tupi. Fez pontas, até chegar ao especial “José do Egito”. A primeira novela na emissora foi em 1964, “Se o Mar Contasse”, de Ivani Ribeiro. Trabalhou na Tupi até 1978, ano em que atuou na novela “Salário Mínimo”, de Chico de Assis. Foram mais de 20 novelas e especiais importantes, entre tantas outras pontas e participações, como em “Nino, o Italianinho” (1969).
Estreou na TV Globo em 1984, convidado pelo autor Walther Negrão para atuar em “Livre para Voar”. Depois de uma rápida passagem pelo SBT, para atuar em “Uma Esperança no Ar”, foi escalado para outra novela na Globo, “Direito de Amar” (1987).
A lista de novelas das quais participou chega a mais de 50 produções, tornando-se um dos atores mais queridos da televisão brasileira. Atuou, por exemplo, em “Explode Coração” (1995), de Gloria Perez, primeira novela gravada inteiramente no Projac. Em “Terra Nostra” (1999), foi escalado para o papel de Padre Olavo. Aliás, em sua carreira, devido ao seu jeito simpático e bonachão, fez uma série de papéis de religiosos.
Em 2010, emendou duas novelas: “Tempos Modernos”, de Bosco Brasil, e “Passione”, de Silvio de Abreu. Três anos mais tarde interpretou o cigano Manolo em “Flor do Caribe”. Além do trabalho em novelas e minisséries, também fez participações no seriado “Malhação” e no humorístico “Zorra Total”. Mesmo dizendo não gostar de fazer cinema, atuou em “Didi Quer Ser Criança”, dirigido por Alexandre Boury e Fernando Boury, com Renato Aragão (2004).
No teatro, trabalhou com os diretores Antunes Filho, no começo de sua carreira, e Osmar Rodrigues Cruz, no Teatro Popular do Sesi, em São Paulo.
O ator morreu no dia 16 de maio de 2015, no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde estarva internado desde 6 de maio, devido a uma queda. Com o agravamento de seu estado, desenvolveu um quadro de falência circulatória em função de uma broncopneumonia.
Texto: Carlos Hee