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1º Colóquio da Mostra de Estudantes da Quadrienal de Praga 2023 começa na próxima segunda-feira (21); confira a programação!

Publicado em: 17/11/2022 |

Começa na próxima segunda-feira, 21, o 1º Colóquio Das Traquitanas à Automação da Mostra dos Estudantes da Quadrienal de Praga de 2023, que será transmitido pelo canal do YouTube da SP Escola de Teatro, sempre das 19h30 às 21h. As mesas de discussões, que acontecem até o dia 23 de novembro, fazem parte da programação especial que antecedem a Quadrienal, considerado o evento mais importante da cenografia mundial, realizado a cada 4 anos na capital da República Tcheca, desde 1967.

O núcleo curatorial que se reúne na programação da PQBrasil 2023 é o responsável pela criação, curadoria e produção da participação do país na próxima edição da Mostra da Quadrienal de Praga 2023. O objetivo da equipe ao criar essa programação foi de proporcionar aos participantes e entusiastas uma compreensão mais completa do evento.

O Núcleo Curatorial da Mostra conta com vários artistas da SP Escola de Teatro, entre eles Ivam Cabral, diretor executivo da instituição; J.C.Serroni, coordenador dos cursos de Cenografia e Figurino e Técnicas de Palco; Guilherme Bonfanti, coordenador do curso de Iluminação; Telumi Helen, formadora do curso de Cenografia e Figurino; e Viviane Ramos, formadora do curso de Técnicas de Palco.

J.C. Serroni na Quadrienal de Praga de 2015. Foto: Divulgação

Para Serroni, um dos mais prestigiados cenógrafos do mundo, a PQ, como é conhecida, é um evento único, sempre marcante em todas as edições em que participou:

“Eu estive pela primeira vez, entre muitas, na quadrienal em 1987 e posso dizer que o contato com esse evento mudou a minha vida como cenógrafo! Foi uma experiência única! Ele é o maior evento dessa natureza no mundo e uma das mais importantes secções dentro do evento é a Mostra dos Estudantes, por isso essa preparação é fundamental”.

Confira a programação

Mesa 1 – Tecnologias na Cena
21 de novembro (segunda-feira), das 19h30 às 21h
Com Bruna Christófaro, Márcio Tadeu e Paula Di Paoli. Mediação de Guilherme Bonfanti

Será discutido em que medida as transformações tecnológicas na cenografia teatral podem ser uma evolução ou um empecilho para a expressividade da cena. Também, o que se ganha e o que se perde e o que se configura na cenografia teatral com o uso de tecnologias digitais na cena.

Mesa 2 – Poéticas e Automação – Possibilidades na Cenografia
22 de novembro (terça-feira), das 19h30 às 21h

Com Ézia Neves, Marcelo Girotti e Thiago Bassani. Mediação de Ivam Cabral

Entender que traquitanas ou acessórios improvisados são também elementos poéticos que podem nos levar ao universo mágico dos espetáculos teatrais. A pesquisa de traquitanas é o que nos leva ao conhecimento do uso e do manuseio. A repetição desses procedimentos é que podem nos levar a um sistema de automação.

Mesa 3 – Tensões e Confluências entre a Tradição e Trangressão na Criação Cenográfica
23 de novembro (quarta-feira), das 19h30 às 21h. 

Com Helô Cardoso, Fernando Marés e Rosana Rocha. Mediação de Telumi Helen

Discutir como o desenvolvimento tecnológico pode e deve ser aplicado com bom senso para que não transforme o teatro em algo só matemático num apertar de botões. Tecnologia sim, muito necessária, mas sem esquecer o humano que está por trás dela.

Conheça um pouco mais dos palestrantes

Bruna Christófaro

Doutora em Artes pela Universidade de Lisboa, com ênfase em Espaço Cênico e Instalação Interativa (2021). Colaboradora do Interactive Technology Institute / Laboratory of Robotics and Engineering Systems (ITI/LARSYS). Mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (2007) e Arquiteta e Urbanista pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002). Diretora de Arte e Cenógrafa. Professora da Universidade Federal de Ouro Preto, onde leciona Cenografia e Caracterização. Atua principalmente nos seguintes temas: Direção de Arte, Instalação, Arte Interativa, Planejamento e Coordenação de Pessoal, Criação e Montagens de Cenografia. 1º Lugar na categoria Projetos Especiais – Direção de Arte e Cenografia do Programa “Dango Balango” de televisão, Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/MG); indicada ao Prêmio Shell de Teatro e ao prêmio SINPARC pela cenografia do espetáculo “Amores Surdos”, do Grupo Espanca!, Menção Honrosa no Prêmio Opera Prima – “Projeto Para Um Teatro Contemporâneo”, Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/SP).

Ezia Neves

Arquiteta, cenógrafa e figurinista paraense. Doutora em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2007), graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade da Amazônia. Docente da Escola de Teatro e Dança Universidade Federal do Pará, desde 2004, onde atua como professora no curso Técnico de Cenografia, desde 2005, e no Curso Técnico em Figurino Cênico, desde 2010, curso que criou e coordenou por sete anos. Criou cenografias e figurinos para diferentes espetáculos. Orientou a proposta de figurino da Escola de Teatro e Dança da UFPA. Foi selecionada para a Mostra dos Estudantes do Brasil, na Quadrienal de Praga, em 2007.

Helô Cardoso

Artista Visual, seu trabalho é frequentemente direcionado ao teatro. Começou sua atividade profissional em 1973, criando objetos e projetos tridimensionais. Trabalhou com Yolanda Penteado (fundadora da Bienal de São Paulo) organizando fichários e pesquisas iconográficas. Desde 1983 participa de várias montagens cênicas como mascareira, cenógrafa e figurinista; também de exposições, performances, congressos, festivais nacionais e internacionais. Recebeu prêmios e indicações em cenografia, figurino e artes gráficas. Participa das Quadrienais de Praga desde 1995 representando o Departamento de Artes Cênicas da Unicamp, na seção das Escolas. Docente do Instituto de Artes da Unicamp, desde 1986. Foi coordenadora do Curso durante cinco anos. Atualmente vem aprimorando sua poética, desenvolvendo artes pessoais como desenhos, telas, tecidos, figurinos e tintas têxteis naturais. É também colaboradora da SP Escola de Teatro.

Fernando Marés

Fernando Marés. Mestre em teatro pelo PPGT/UDESC – 2014. É cenógrafo e professor de Cenografia. Desde 1980 atua profissionalmente para companhias de teatro, dança, música, cinema e instituições culturais como Centro Cultural Teatro Guaíra. Se destacam diversas companhias do Paraná e do Brasil dentre elas a Companhia brasileira de teatro de Curitiba/PR. Atualmente é cenógrafo residente, na Cia. Iliadahomero de Curitiba com estudos da obra do autor. Colaborou como cenógrafo com diversos diretores do Brasil, como Aderbal Freire Filho, Luís Carlos Ripper, Ademar Guerra, Francisco Medeiros, Felipe Hirsch. Em 2003 leva os trabalhos de seus alunos do ateliê de cenografia do ACT – Ateliê de Criação Teatral- na mostra de estudantes na Quadrienal de Praga. Na Quadrienal de Praga 2015 participa da mostra de Países e Regiões. Entre reconhecimentos de trabalho cenográfico destaca-se dois prêmios Shell de cenografia para ‘Esta criança’ e ‘Krum’, direção de Márcio Abreu.

Marcello Girotti

Cenógrafo, figurinista, iluminador, contrarregra e maquinista. Atualmente é doutorando na Universidade da Bahia (PPGAC/UFBA) e professor do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias aplicadas, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CECULT/UFRB); Mestre em Artes Cênicas (ECA/USP); graduado em Arquitetura e Urbanismo (Universidade Mackenzie/SP). É membro do grupo de pesquisa sobre Tecnologias e Hibridismos na Cena (Tec_Hibris/ UFRJ). Em 2006, concluiu o curso livre do Espaço Cenográfico de São Paulo, lugar em que participou da equipe de criação do projeto ‘Brazilian Birds’, selecionado para participar da Scenofest, evento que ocorreu como parte da Quadrienal de Praga (PQ), em 2007. Desde então, participa regularmente desse evento. Orientou obra audiovisual de cenografia, selecionada para a Mostra dos Estudantes, na PQ 2019.

Marcio Tadeu Santos Souza

Cenógrafo, figurinista, artista gráfico, ator e professor. É arquiteto (FAU-USP) e também formado em Interpretação Teatral (EAD-USP). A partir da década de 1970 desenvolve a criação de trabalhos em cenografia e figurino para Teatro, Dança e Shows. Trabalhou como cenógrafo na TV Cultura por 3 anos. Fundou e atuou em Grupos Teatrais como: “O Pessoal do Victor”, “Luz in Tenebris” e “Teatro dos Benditos Malditos”. Recebeu os prêmios Governador do Estado, APCA, APETESP, indicação para Moliére, entre outros. Foi um dos fundadores do Departamento de Artes Cênicas e coordenador dos Laboratórios de Cenografia e Indumentária do Instituto de Artes da UNICAMP. Participou como artista convidado da Mostra de Cenografia Espaço da Cena Latino-Americana e da Seção Nacional da Quadrienal de Praga 1999. Representou a Unicamp nas Mostras das Escolas nas edições da PQ de 1995 até 2019. Atualmente colabora na UNICAMP e na SP Escola de Teatro.

Tiago Bassani

É artista visual e professor do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Coordena o grupo de estudos Corpo-Matéria (UFOB). Pesquisador do GRUPA (Grupo de Pesquisa em Arte – UFU). Criou cenografias e figurinos em produções de diferentes linguagens. Participou da PQ15 na seção dos estudantes. Realizou exposições individuais e coletivas. Se interessa pelos processos de criação em diferentes plataformas como: performance, cenografia, vídeo e desenho com a perspectiva para o corpo e suas ações possíveis nos espaços.

Paula Di Paoli

Arquiteta, cenógrafa, designer gráfico e figurinista, com pós-graduação em design de hipermídia e mestranda em Arquitetura, Urbanismo e Design. Cursou Cenografia com J.C. Serroni no CPT/ núcleo Antunes Filho e é formadora convidada da SP Escola de Teatro nos cursos de Cenografia e Técnicas de Palco, desde a criação do curso em 2011. Foi professora de Desenho de Moda na Faculdade Santa Marcelina e hoje participa de bancas de figurino, estilo e ilustração. Atuou como cenógrafa, figurinista e designer gráfico em diversos espetáculos, exposições, novelas e musicais – com indicação ao prêmio Bibi Ferreira. Participou de 5 edições da Quadrienal de Praga como colaboradora e designer. Desenvolveu o catálogo da Quadrienal de Praga de 1999 e apresentou a performance “A Famigerada”, na PQ 2015.

Rosana Rocha

Artista visual, cenógrafa, diretora de arte e educadora. Tem formação em Artes Plásticas pela UDESC, Cenografia e Figurino pela SP Escola de Teatro e especialização em Arte-Educação pelo SENAC. Trabalhou como assistente de cenografia em projetos teatrais e expositivos no Espaço Cenográfico (São Paulo). Atuou como cenógrafa, figurinista e diretora de arte em grupos de teatro e cinema. Participou da Mostra de estudantes da Quadrienal de Praga de 2015 e ministrou cursos e oficinas sobre Cenografia e Figurino. Hoje trabalha como figurinista do Teatro Escola Basileu França em Goiânia.




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