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Luz e improvisação na cena

Publicado em: 11/06/2013 |

MARISA BENTIVEGNA
Especial para SP Escola de Teatro

Em 2005 eu era iluminadora há quinze anos. Debutante de ofício que, como toda debutante, imagina que já sabe tudo da vida ou, no caso, da profissão. Comecei na carreira por osmose, namorando um iluminador e, com ele, em parceria, assinei meu primeiro projeto. De lá para cá, em carreira solo, foram mais de duas centenas de desenhos de luz para teatro, música, ópera, dança, dvds… Mas, agora, tenho a certeza de que nunca saberei tudo o que gostaria de saber e de que todo o trabalho pode ensinar algo de novo.

Em 2002 iniciou-se um novo ensinamento. Naquele ano tive meu primeiro contato profissional com a diretora Cristiane Paoli Quito: era um show musical, com direção sutil, porém surpreendente, pois meu rigor e perfeccionismo foram desbancados pela doçura dos seus elogios e pelos pedidos de quebra com a formalidade que separava operador e palco. No ano seguinte desenhei a luz de outro projeto da Quito para a EAD, O inspetor geral, e então assumimos uma parceria artística que eu não podia imaginar aonde chegaria.

De novo em 2005, o espetáculo “Aldeotas”, com texto de Gero Camilo e atuação dele e de Marat Descartes. Além da luz, criei a cenografia – que considero o marco zero da minha carreira como cenógrafa – e lá pude experimentar pela primeira vez, de fato, a improvisação na operação de uma luz. Claramente uma nova etapa na minha vida profissional se iniciava.

O processo de criação desse desenho de luz foi similar ao de qualquer outra luz, aliás desenhar um projeto de luz para espetáculo improvisado obedece às mesmas etapas de criação de um projeto com estrutura fechada.

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MARISA BENTIVEGNA é cenógrafa e iluminadora.

O espaço destinado aos Cadernos de Luz foi idealizado por Guilherme Bonfanti, coordenador do curso de Iluminação da Escola, que, motivado pela escassez de materiais teóricos na área, decidiu abrir terreno para reunir estudos e pensamentos sobre o tema.