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A Iminência da Morte das Plantas pelos Canhões de Guerra

Publicado em: 18/09/2018 |

Foto: Divulgação

Em “A Iminência da Morte das Plantas pelos Canhões de Guerra”, a atmosfera de medo que tomava a cidade de São Paulo durante a ditadura militar dá espaço para um sentimento mais positivo: o clima de resistência que também marcou a época.

Com quatro apresentações na sede Roosevelt da SP Escola de Teatro entre 14 e 17 de setembro, o espetáculo da Cia. Seiva Bruta revisita o avanço da repressão militar durante 1968, ano que culminou com o AI-5.

A peça, primeira montagem do grupo criado no Departamento de Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (USP), é resultado de pesquisas histórico-sociais sobre o período que antecedeu a instauração do decreto, emitido em dezembro daquele ano, que deu permissão para o governo federal intervir nos estados e municípios em nome da “segurança nacional”, institucionalizou a tortura e instaurou a censura à imprensa e à cultura.

Em cena, um trio de estudantes que se esconde em um apartamento narra as revoluções de costumes e as lutas do movimento estudantil da época, buscando em peças de teatro uma maneira de entender a realidade política nacional do período.

Foto: Divulgação

Os personagens acompanham a histórica Batalha da Maria Antônia, em que universitários de direita e esquerda se enfrentam na região central da cidade, e o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), no interior do estado. Também veem a morte do estudante Edson Luís – assassinado por policiais militares enquanto jantava com colegas em um restaurante no Rio de Janeiro.

Dirigida por Victor Walles, que assina a dramaturgia ao lado de Maíra do Nascimento, a montagem buscou inspiração e referências no filme “Os Sonhadores”, do italiano Bernardo Bertolucci, e no livro “1968 – O Ano que não Terminou”, do jornalista Zuenir Ventura. No elenco estão Camila Móra, Fernando Moraes e Henrique de Paula.

Ficha técnica:
Direção: Victor Walles | Dramaturgia: Maíra do Nascimento e Victor Walles | Atuação: Camila Móra, Fernando Moraes, Henrique de Paula | Iluminação: Valmir PS | Cenografia: Guilherme Wolff Lemos | Figurino: Guilherme Wolff Lemos | Sonoplastia: Edézio Aragão e Hayeska Somerlatte | Produção: Ana Bonetti | Voz Off: Alice Máximo, Ana Bonetti, Giovanna Monteiro e Victor Walles | Arte Gráfica: Nina Menezes

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Onde: SP Escola de Teatro, sede Roosevelt (Praça Franklin Roosevelt, 210, Consolação)

Quando: Sexta, sábado e segunda, às 21h; domingo, às 19h

Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)

Duração: 120 minutos

Quantidade de lugares: 50 lugares

Classificação: 16 anos