Episódio “Nosedive”, da 3ª temporada de “Black Mirror”: uma das influências dos próximos experimentos
A cada semestre, os aprendizes dos Cursos Regulares da SP Escola de Teatro são divididos em dois Módulos. Em cada um desses Módulos, os estudantes devem produzir experimentos cênicos, sempre com base em quatro influências: o eixo, o artista-pedagogo, o material e o operador.
No primeiro semestre de 2017, o artista-pedagogo não será exatamente um artista, mas uma obra. A série britânica “Black Mirror” foi escolhida para nortear as criações cênicas do Módulo Verde. Com base nos episódios da atração, os aprendizes devem executar pequenas peças sob o eixo Personagem/Conflito.
A ideia de usar a série como inspiração tem como objetivo tratar do tema “distopia”. Com grande repercussão nas redes sociais, a produção tem mostrado situações e ambientes distópicos, mas não tão irreais: várias ocasiões têm toques da realidade contemporânea, sobretudo no que diz respeito aos limites da tecnologia.
O operador, válido para os Módulos Verde e Azul, é um pensador cujas ideias darão bases às discussões artísticas dos experimentos. Para este posto, foi escolhido o escritor Alex Gendler, que aborda uma multiplicidade de assuntos, desde história e teoria política até a cultura da internet.
Também dentro da distopia, o Módulo Azul, que trabalha sob o eixo da Performatividade, terá como artista-pedagogo o engenheiro da computação Petri Damsten. Depois de se aposentar, ele passou a produzir fotos incríveis que também retratam um mundo distópico, mas repleto de significados reais.
