Além de funcionar como um espaço de formação nas artes do palco, a unidade Roosevelt da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco também recebe espetáculos e residências artísticas.
Acesse o espaço da SP Escola de Teatro no Sympla para ver os eventos com ingressos disponíveis no momento.
TUDO EM VOLTA ESTÁ DESERTO
A peça inspira-se em eventos ocorridos no ano de 1971, para contar a história de um grupo guerrilheiro que assassina um empresário financiador da ditadura, em resposta à prisão, tortura e massacre daqueles que foram considerados subversivos pelo sistema. Revezando drama e narratividade, “Tudo em volta está deserto” aborda os antecedentes e as consequências do ato para as pessoas do grupo.
Esse “arco principal” é atravessado por outras personagens e situações vividas na cidade de São Paulo, que permitem explorar a atmosfera repressiva dos “anos de chumbo” com maior amplitude. Mesmo tendo muitas correspondências com o real, a peça se mantém no terreno ficcional. Não pretende ser documental, mas busca capturar aquele tempo e provocar interesse por um período recente e tão importante para a história do Brasil.
ANTES DE MIM NO FUNDO
O espetáculo explora a conexão entre gerações de mulheres de uma família, entrelaçando suas histórias e segredos. Uma mulher, após um afogamento misterioso, entra em coma, e nesse estado de delírio e sonho recebe visitas imaginárias de sua irmã e de suas ancestrais, travando diálogos com as mulheres da sua vida, enquanto luta para sobreviver e voltar à realidade.
A (RÉ)TOMADA DA PALAVRA OU A MULHER QUE NÃO SE VÊ
A obra conta a história de Rosa, uma passageira comunicativa, trabalhadora da limpeza, que tem olhar atento para as injustiças sociais. Em certo dia, ela exige que o motorista pare e volte para uma mulher negra em cadeira de rodas que deu sinal e foi ignorada. Ao descer para ajudá-la, o público vê apenas uma cadeira de rodas vazia. Com inspiração na ativista negra norte-americana Rosa Parks e na história de vida de Flávia Diniz a peça reflete, se na sociedade atual a mulher preta é invisível, a mulher preta com deficiência nem ao menos existe.
Com dramaturgia de Shaira Mana Josy e Piê Souza, atuação de Ma Devi Murti e direção de Anderson Maurício, a peça “A (Ré)tomada da Palavra ou A Mulher que Não se Vê” transforma o ônibus — esse lugar de espera, empurra empurra e pressa — em cena viva, onde silêncio vira fala, o transporte vira palco e a presença vira manifesto.
TRABALHADORES
Durante a pandemia, o ônibus não parou e seguiu seu itinerário. Em suas lotações, cada vez mais ausências. O luto não-vivido divide espaço com a indignação. O espetáculo ocorre dentro de um ônibus, num tempo suspenso, um manifesto operístico-multimídia sobre morte, vida e movimento.